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Entenda as 5 grandes tendências tecnológicas que estão acelerando o setor público

cenário urbano com vários prédios que ilustra inovação no setor público

Conheça os desafios e oportunidades para a inovação no setor público. Entenda o impacto das grandes tendências digitais para administrar serviços e melhorar as soluções do governo.

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Big Data, Inteligência Artificial e Cybersegurança já dão seus primeiros passos dentro dos serviços públicos.

Depois da onda de inovação tecnológica no setor privado, chegou a vez dos governos se modernizarem. O setor público brasileiro, por exemplo, já vem avançando no processo de digitalização, e chegou à 7.ª posição no ranking mundial de maturidade digital. No entanto, ainda precisa acelerar e preencher muitas lacunas para atender aos novos anseios da sociedade ultra conectada.

Além do desenvolvimento do país, a inovação no setor público ajuda a prevenir e melhorar a gestão de crises. A tecnologia é uma grande aliada quando os problemas humanos são cada vez mais globais e complexos, como foi presenciado durante a pandemia de Covid-19. Tanto a comunicação, quanto o trabalho e até mesmo vida das pessoas nunca dependeram tanto de um sistema ágil, robusto e inteligente como nos últimos tempos.

Por outro lado, os resultados do Mapa de Governo Digital divulgado pelo Ministério da Economia apontam cenários desafiadores. Ainda que as infraestruturas de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) dos municípios brasileiros tenham sido melhoradas, há pouca integração entre os sistemas e falta transparência dos dados

Portanto, aplicar todos os princípios do governo digital na prática, depende de atualizações constantes das tecnologias em todas as esferas do poder público. E não basta modernizar. Novos modelos exigem uma cultura governamental menos burocrática, com pessoas preparadas para absorver e adotar ferramentas através de um olhar mais estratégico e analítico.

Cenários geopolíticos à parte, vale ressaltar 5 grandes tendências tecnológicas levantadas pelo grupo Gartner em sua pesquisa “Principais tendências de tecnologia no governo para 2022”. O relatório tem o objetivo de impulsionar o governo digital em todo o mundo através da modernização de sistemas e implementação de ferramentas inovadoras. Acompanhe!

1.      Big Data

O termo Big Data se refere aos grandes volumes de dados gerados pelas mais diversas fontes, em alta velocidade. Considerado um dos ativos modernos mais valiosos, os dados já são citados como o “novo petróleo”. Em tempos de incertezas e mudanças rápidas, funcionam como uma bússola, capaz de direcionar decisões assertivas com agilidade. Segundo previsões do grupo Gartner:

Até 2024, 60% dos investimentos governamentais em inteligência artificial e análise de dados visam impactar diretamente as decisões e resultados operacionais em tempo real.

Desafios

O desenvolvimento do perfil analítico já é um obstáculo do uso de Big Data mesmo para grandes empresas. Dados sozinhos, não significam nada. Na prática, é preciso saber quais perguntas eles são capazes de responder e a partir disso, obter os melhores insights.

Quando se fala de uma população inteira de bilhões de pessoas com diferentes perfis demográficos, utilizando diferentes serviços governamentais, a complexidade de cruzar informações de diferentes áreas do setor público torna-se uma missão difícil até para os analistas mais experientes. Assim, é urgente a necessidade do desenvolvimento de profissionais com determinadas hard skills, ou habilidades técnicas, dentro do estado.

Outro fator, é a integridade e segurança dos altos volumes de informações. Proteger a privacidade dos cidadãos e minimizar os riscos de ataques cibernéticos, sem dúvidas, é um desafio para todos os governos ao lidar com Big Data.

Soluções

Hoje, o mercado já está equipado com ferramentas completas e intuitivas para coleta, modelagem, armazenamento e análises de Big Data. Essas soluções permitem que diferentes perfis de pessoas, mesmo as não-técnicas, consigam criar relatórios interativos a partir de uma gama de fontes, desde que estejam habilitadas ou devidamente treinadas para tal.

Essas tecnologias proporcionam autonomia para os usuários, sem abdicar da governança. Ou seja, também é possível definir níveis de acesso de acordo com a sensibilidade das informações. Isso garante um estado mais autônomo e menos dependente de profissionais especializados de TI, sejam eles internos ou terceiros.

Um caso de sucesso dessas ferramentas na inovação governamental é o da Universidade de Waterloo, instituição pública de ensino do Canadá. A Universidade tinha o objetivo de centralizar os dados gerados em diferentes fontes, como em planilhas e sistemas. Para isso, contratou o Microsoft Power BI, ferramenta de análises de dados, junto do Microsoft Azure, serviço de computação em nuvem.

Ao final, a instituição não só conseguiu centralizar informações, mas também proporcionou à comunidade escolar uma ferramenta amigável e interativa para que todos gerem seus próprios relatórios.

Leia também: Power BI: Como adotar uma cultura de dados na prática.

2.      Inteligência artificial

A inteligência artificial evolui ano a ano, desde que seu conceito surgiu na década de 50. Atualmente, a IA processa informações milhares de vezes mais rápido que os humanos. Além disso, possui redes neurais semelhantes às de pessoas e portanto é capaz de aprender a cada nova tarefa ou padrão encontrado. Essa característica é um dos fatores que proporciona taxas de assertividade maiores em relação às tarefas realizadas manualmente.

Sendo assim, é possível programar os algoritmos de inteligência artificial para realizarem quase todos os tipos de trabalhos dentro de um modelo de hiperautomação. Além da rapidez, é notável a eficiência das atividades realizadas com IA, o que facilita, principalmente, as tarefas mais complexas..

Mesmo exigindo esforços avançados, quando a IA é aliada da automação de processos, abre-se o espaço para entregar mais e melhor. Além disso, ao contrário do que muitos pensam, uma Inteligência Artificial avançada, não substitui empregos humanos. Mas sim, abre espaço para que pessoas foquem nas ideias inovadoras em outros níveis de inteligência que os computadores não são capazes de assumir. Porém, a IA já pode agregar para diversas tarefas como:

  • detectar fraudes e casos suspeitos;
  • aumentar a segurança da informação;
  • tratar casos complexos;
  • construir chatbots de atendimento;
  • unificar a comunicação;
  • integrar sistemas e processos;
  • agilizar demandas e a resolução de problemas;
  • equilibrar as contas e investimentos;
  • reduzir custos;
  • identificar falhas rapidamente;
  • analisar e gerenciar dados;
  • e mapear incontáveis cenários.

Desafios

A hiperautomação é uma das tendências mais desafiadoras para os governos digitais. Ainda assim, o grupo Gartner prevê que até 2024, 75% dos governos terão ao menos três iniciativas de hiperautomação em andamento.

O conceito de hiperautomação se baseia em acelerar a automação da maior quantidade de processos e tarefas possíveis. Para isso, é preciso combinar o uso de bots (robôs), machine learning e outros tipos de inteligência artificial, além de softwares flexíveis e customizáveis.

Como obstáculo, os governos podem se deparar com a falta de especialização para lidar com sistemas mais robustos. Além disso, o ideal é que vários setores governamentais se envolvam e se conectem através da hiperautomação para que tudo funcione de forma sincronizada. A desconexão de dados que não permitem o aprendizado e a comunicação entre máquinas é um problema especialmente quando se fala de gestões com visões diferentes entre si.

Soluções

O investimento em inteligência artificial tem sido essencial em qualquer área. Nos próximos anos, a IA será responsável por fornecer todos os insumos necessários para as tomadas de decisão mais precisas por parte dos órgãos públicos.

Dentro da tendência de hiperautomação, é preciso planejar as estratégias em curto, médio e longo prazo e implementá-las em etapas. Dessa forma, é possível reconhecer todo o seu potencial de integração e transformação dentro dos vários setores e serviços públicos.

Conheça ferramentas integradas para se preparar para a hiperautomação: Como a Microsoft Power Platform te ajuda a inovar no mercado.

3.      Ferramentas de gestão de projetos

Uma das maneiras de inovar no setor público é se espelhar em novos modelos de negócio. O que as empresas modernas estão fazendo para otimizar tarefas e aumentar a produtividade, é utilizar as metodologias ágeis. Essas práticas ajudam a organizar objetivos e metas e diluí-los em partes menores para priorizar o que é mais urgente. Nesse caso, a ideia é criar soluções o mais rápido possível, ainda que toda a ideia não esteja formatada.

Desafios

Hoje, o mercado conta com diversos softwares de gestão de projetos. No entanto, a dificuldade pode se dar na integração dessas ferramentas com outras tecnologias utilizadas nas organizações públicas.

Além disso, a descentralização de informações pode ser um sério problema para a produtividade. Portanto, uma ferramenta de gestão deve permitir que todos os arquivos e recursos necessários para a execução de cada trabalho estejam em um só lugar.

Soluções

Uma ferramenta de gestão de projetos é a solução ideal para as otimizações de tarefas. A partir da utilização de um quadro Kanban, por exemplo, é possível mapear, dividir e atribuir todos os trabalhos que precisam ser realizados.

No entanto, o mais importante é que a ferramenta escolhida esteja dentro de uma suíte completa de aplicações de produtividade. Isso porque, dessa forma, é possível centralizar e integrar todos os processos e comunicações dentro de um único ecossistema.

Saiba como isso é possível através de um conjunto de ferramentas Microsoft: Mantenha equipes focadas e produtivas com Microsoft 365.

4.      Internet das Coisas

O conceito de Internet das Coisas (IoT) é conectar dispositivos, sensores, softwares e outras tecnologias via internet para a transmissão de dados entre eles. Assim, o IoT permite uma comunicação completa e integrada de sistemas. Isso permite ao governo gerenciar cadeias de suprimento e logística inteiras com mais eficiência e menos desperdício de recursos, por exemplo.

Além disso, o IoT é um aliado das Cidades Inteligentes. Isto é, através da integração tecnológica é possível solucionar problemas do desenvolvimento urbano e planejar estratégias sustentáveis para o crescimento econômico do país.

Desafios

Se a ideia de IoT é conectar sistemas e dispositivos pela internet, a infraestrutura e segurança dos dados são os maiores desafios. E mais, a capacitação dos servidores públicos para entender como essas conexões devem funcionar e como utilizar recursos de inteligência artificial nesse processo é fundamental.

Soluções

A computação em nuvem é essencial para adotar a tecnologia IoT em qualquer área. Isso porque esse recurso garante a segurança das informações, e suporta o armazenamento e transmissão massiva dos fluxos de dados entre dispositivos e sistemas. Novamente, capacitar todos os profissionais será crucial para que tudo funcione.

Leia também: Conheça o Azure Stream Analytics e simplifique fluxos de dados.

5.      Low-Code

Low-Code é uma tecnologia para desenvolvimento de sistemas, aplicativos e páginas Web, além de facilitar a automação de processos. Essas soluções fornecem um ambiente de desenvolvimento intuitivo e amigável, que exige pouco ou nenhum código. Mesmo assim, são totalmente customizáveis se os usuários tiverem expertise em linguagens de programação.

Com as plataformas de pouco código, todas as pessoas conseguem criar suas próprias ferramentas de trabalho. Tudo sem depender de desenvolvedores, que estão escassos no mercado. Na prática, isso faz com que todos entendam o que precisam para realizarem suas tarefas com mais precisão e agilidade.

Desafios

O déficit de profissionais de tecnologia é um problema para as organizações que querem inovar. Isso porque a dependência desses especialistas faz ocorrer entraves na implementação de novas ferramentas de trabalho que tenham potencial para melhor otimização dos processos.

Outro problema é que as práticas de desenvolvimento de softwares ou de páginas Web só são ensinadas em cursos superiores específicos. Isso não desperta o interesse das pessoas pela tecnologia, o que pode ser uma barreira para a evolução tecnológica.

Além disso, mudar a cultura e mentalidade dos servidores públicos para adoção das tecnologias Low-Code pode ser um desafio. Muitas vezes, as pessoas já trabalham há anos com os mesmos sistemas, e nem ao menos conhecem as inovações do mercado.

Soluções

Um bom treinamento em tecnologias Low-Code para equipes é o primeiro passo para superar a falta de conhecimento. Ao utilizar essas plataformas na prática, os funcionários públicos se sentirão confortáveis por causa da simplicidade dessas ferramentas. Também entenderão que não há limites para a criação de novas soluções que otimizem suas rotinas, os fazendo ser mais produtivos, gastando menos esforços.

Ademais, é preciso investir na implementação de plataformas Low-Code nas escolas e em cursos universitários diversos. Expandir o ensino dessas ferramentas e ter mais pessoas capacitadas para usá-las é o que vai garantir os avanços do país. Assim, é possível preencher as lacunas de profissionais de tecnologia em curto e longo prazo.

Leia mais: Como criar soluções únicas com Low-Code, a tecnologia emergente que veio dominar o mercado.

Cenário de Inovação no Brasil

Após os impactos da pandemia, não há dúvidas de que a inovação precisa ser prioridade para nos anteciparmos a crises como essa.

O Brasil já é mundialmente reconhecido pelos seus avanços rumo a um governo digital. O uso dos serviços online pela população, também mostra que a tecnologia está presente na vida das pessoas e elas estão dispostas a usá-la. Por isso, agora é o momento de expandir o alcance dessas ações para abranger toda a sociedade.

Com a renovação dos recursos tecnológicos e um treinamento adequado na administração pública, é possível reduzir custos significativamente. Além disso, a tecnologia é capaz de melhorar a distribuição dos serviços oferecidos pelo Estado e ajuda a priorizar aqueles que mais precisam de modernização.

Neste artigo, trouxemos as principais tendências em tecnologias para governos nos próximos anos. São elas:

  • o uso massivo de Big Data.
  • inteligência artificial com hiperautomação;
  • ferramentas de gestão de projetos;
  • plataformas Low-Code;
  • e soluções IoT.

O potencial dessas soluções é indiscutível para que o governo acompanhe o ritmo das transformações digitais. Seja na implementação de iniciativas ainda mais robustas de compliance e segurança da informação, seja na otimização de todos os processos da gestão pública.

Entretanto, o mais importante é aumentar a competitividade e o crescimento da economia do país de maneira sustentável. Assim, toda a sociedade consegue evoluir através de ações mais inteligentes, orientadas pela tecnologia.

Saiba outros temas que podem impulsionar o setor público a partir da educação: Cursos de tecnologia: 10 motivos para introduzir na sua empresa.


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