A transformação digital revelou lacunas de habilidades que desfavorecem o desempenho das empresas. Conheça as hard skills com potencial de impacto no presente e futuro do seu negócio.
A evolução tecnológica fará muitas competências se tornarem obsoletas rapidamente. Saiba como desenvolver hard skills estratégicas para acompanhar esse ritmo.
O crescimento das organizações depende hoje de sua completa digitalização. No entanto, nem todos os trabalhadores estão aptos para lidar com as mudanças frequentes, impostas pela transformação digital.
Por isso, preencher determinadas funções agora requer do RH e gestores um olhar ainda mais estratégico sobre os funcionários.
A escassez de habilidades profissionais tem sido cada dia mais crítica para as empresas.
De acordo com a estimativa da World Economic Forum, a necessidade de requalificação, treinamento e aprendizagem pode afetar 1 bilhão de pessoas até 2030.
Ainda conforme a organização internacional, o maior agravante da lacuna de competências se dá nos avanços mundiais para a transição de uma economia digital e sustentável.
Sendo assim, o desenvolvimento das hard skills surge como principal alternativa para salvar o desempenho das organizações globais no presente e no futuro.
É preciso, portanto, que as empresas olhem para a capacitação profissional como um de seus principais investimentos, e não mais como uma despesa.
Hard Skills é o termo em inglês para habilidades técnicas. Elas são competências que os trabalhadores adquirem e podem comprovar através de diplomas, certificações ou testes práticos. Portanto, geralmente são desenvolvidas durante cursos técnicos, de graduação ou de especialização.
Esse tipo de habilidade tem uma função primária. As hard skills ajudam as empresas a filtrarem o talento ideal ao identificar competências específicas para cada uma de suas vagas.
Por exemplo, para um cargo de desenvolvedor, o profissional precisa comprovar sua habilidade técnica, ou seja, uma formação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
Já para um cargo de Operador de Telemarketing, o RH pode avaliar o nível de expertise do candidato em ferramentas como o Pacote Office.
No entanto, a importância das hard skills não para por aí. Estimular o aprendizado ou atualização dessas habilidades é essencial para a inovação nas empresas.
Ter profissionais estagnados em suas competências cria uma barreira para novas oportunidades de negócio, além de desacelerar a produtividade das equipes.
Na era dominada pela disrupção, o diferencial é prever as lacunas de hard skills a curto e longo prazo para se adaptar às mudanças com maior agilidade e efetividade.
Para entender de verdade o conceito, veja alguns exemplos do que são consideradas habilidades técnicas:
Capacite seus colaboradores para usar ferramentas que otimizam seus trabalhos: Por que aprender Python: o código fácil e popular do mercado.
Diferente das hard skills, as soft skills são habilidades comportamentais. Elas estão ligadas principalmente ao perfil e personalidade das pessoas e, portanto, são mais difíceis de serem mensuradas ou quantificadas. Alguns exemplos de soft skills são:
Um profissional que consegue equilibrar suas hard e soft skills, portanto, é diferenciado no mercado.
Afinal, ambas precisam entrar em sincronia diariamente para que o colaborador seja realmente eficiente no seu local de trabalho.
Este equilíbrio entre as competências técnicas e comportamentais tem sido chamado hoje de “Power Skills”.
As hard skills mais procuradas pelos negócios estão acompanhando os novos modelos de trabalho e os recursos tecnológicos.
Conforme dados do LinkedIn, somente no Brasil, as habilidades necessárias, mudaram em 38% desde 2015. A estimativa é que essa mudança chegue a 58% até 2025.
Com base nas tendências de tecnologia apontadas pelo grupo de consultoria Gartner para 2023 e próximos anos, veja as prioridades de desenvolvimento de hard skills:
Essas são as principais competências técnicas que os profissionais devem desenvolver. Isso porque elas são o cerne de todas as tendências previstas para o futuro. Por exemplo:
Leia mais sobre as tendências de aprendizado corporativo: Cursos de tecnologia: 10 motivos para introduzir na sua empresa.
Muitos trabalhadores pensam que a tecnologia é um risco para os seus empregos. No entanto, os avanços tecnológicos chegaram para auxiliar as pessoas em demandas mais difíceis, e facilitar suas rotinas em vários aspectos.
Sendo assim, fica por conta das habilidades humanas dominar essas ferramentas para que elas façam exatamente o que as empresas precisam. Dessa forma, os maiores benefícios são:
O mais importante é que os funcionários se sentem mais motivados ao perceberem as oportunidades de crescer em suas carreiras e eliminar as barreiras do conhecimento.
Leia também: 5 vilões da produtividade no trabalho e como evitá-los.
Resolver o problema da lacuna de competências técnicas é um desafio. Muitas vezes, a saída mais rápida é procurar profissionais no mercado, com as habilidades que as empresas precisam de imediato.
Essa prática pode até ser efetiva em curto prazo. No entanto, em longo prazo, os gaps continuarão crescendo se a causa raiz da questão não for corrigida.
Além disso, encontrar profissionais qualificados disponíveis no mercado não é tarefa fácil. Segundo o estudo “Índice de confiança Robert Half”, 77% dos recrutadores acreditam que contratar esses trabalhadores hoje está difícil ou muito difícil.
E 67% deles ainda disseram não ver melhora neste cenário nos próximos seis meses, enquanto 26% acham que será ainda mais complicado.
Portanto, há várias maneiras de estimular o aprendizado de quem já faz parte dos seus times.
Essas pessoas têm vivência com os processos da sua empresa, e por vezes, estão na linha de frente das operações.
Por isso, têm uma visão ampla sobre o que é preciso melhorar, ao mesmo tempo que se engajarão para aprender novas habilidades.
Veja nos próximos tópicos alguns passos que você pode seguir para incentivar as ações internas de educação corporativa.
Não é novidade que a análise de dados é crucial em diversas áreas. Para desenvolver hard skills na sua empresa não é diferente.
Reunir subsídios para prever os gaps de habilidades te ajuda a não perder tempo e dinheiro com competências que logo ficarão defasadas.
Por exemplo, se você pretende implementar uma ferramenta de Business Intelligence como o Power BI dentro de alguns meses, não faz sentido priorizar cursos e treinamentos em áreas que destoam da solução.
Portanto, analisar dados será fundamental não só para entender as competências atuais da sua força de trabalho, mas também para se antecipar às tendências e necessidades futuras.
Saiba como realizar suas análises com uma das ferramentas mais robustas do mercado: Power BI: Como adotar uma cultura de dados na prática.
Microlearning, ou micro aprendizado, é uma boa estratégia de educação corporativa para quem tem pressa.
O objetivo é dividir conteúdos muito complexos em pequenas partes para melhorar a compreensão e absorção das informações por parte dos colaboradores.
Dessa forma, as aulas se tornam mais curtas ao mesmo tempo que têm a duração ideal para atualizar rapidamente as habilidades na empresa.
Geralmente, o microlearning é aplicado com auxílio de recursos multimídia, como vídeos e até podcasts.
O principal é manter os profissionais interessados e proporcionar uma experiência de aprendizado prazerosa para aumentar as taxas de conclusão.
Que as pessoas são competitivas você já sabe. Junte essa característica com os jogos lúdicos e algumas medalhas ou brindes, e você verá seus colaboradores se empenhando para ultrapassar os colegas na competição.
A gamificação não só estimula a competitividade sadia entre as equipes, mas também transforma a aprendizagem em um processo totalmente imersivo.
Essa é mais uma forma de proporcionar uma experiência interativa, que ajuda os profissionais a fixarem os conteúdos que aprenderam melhor e por mais tempo.
Os treinamentos e workshops são outras maneiras rápidas de ensinar novas habilidades.
Por serem pontuais, de acordo com as demandas que surgem, essas ações também ajudam a nivelar o conhecimento nas organizações.
Além disso, você pode incentivar todos os seus colaboradores a ministrarem seus próprios conteúdos, conforme suas afinidades e aptidões.
Dessa forma, eles conseguem compartilhar suas experiências e debater junto dos colegas as melhores soluções voltadas para as reais necessidades da organização.
À medida que a tecnologia avança, o mercado de trabalho precisa se atualizar. Algumas habilidades vão ganhando destaque enquanto antigas competências vão ficando para trás.
É fácil perceber essa evolução quando se olha para as diferentes expertises e experiências das várias gerações de trabalhadores que se encontram nas organizações.
Os líderes e profissionais de RH, portanto, devem olhar de perto para as mudanças e lacunas de habilidades.
Isso porque é preciso alinhar os objetivos das empresas às novas contratações e oportunidades internas de T&D.
Assim, é possível aproveitar todo o conhecimento dos colaboradores, e em paralelo desenvolver novas competências para atender ao mercado que está se renovando mais rápido do que nunca.
Logo, as hard skills devem ser prioridades para as organizações que precisam aumentar sua vantagem competitiva.
Essas competências técnicas serão indispensáveis para lidar com a transformação digital, que exige profissionais qualificados e prontos para se adaptarem às mudanças a qualquer momento.
Agora que você sabe o que são hard skills, conheça os benefícios de investir no T&D em sua organização, e as etapas mais importantes do processo: Por que investir em treinamento e desenvolvimento de pessoas?
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