Como áreas de compliance podem usar o low-code para criar formulários de conflito de interesses
Monitorar conflitos de interesses nas organizações é um meio de garantir decisões imparciais e combater a corrupção. Aprenda a criar um formulário de compliance exclusivo com low-code.
Assine nossa Newsletter!
Você recebe gratuitamente o melhor do nosso conteúdo diretamente no seu e-mail.
Gostou?
Compartilhe!
Veja como as tecnologias low-code ajudam até mesmo profissionais não técnicos a criar uma solução simples para gerenciar o conflito de interesses.
Apesar de sua grande importância, adotar programas de compliance nas organizações nem sempre é uma tarefa fácil.
Segundo estudo da Baker McKenzie, escritório de advocacia global, apenas 18% dos negócios no Brasil adotam uma gestão integrada de compliance.
E isso acontece, segundo o mesmo estudo, por diversos motivos. Entre eles, por acreditarem que as áreas de compliance adotam “políticas e procedimentos estáticos”, ou seja, processos burocráticos e inadequados.
Mas essa é uma realidade que precisa mudar. É necessário que as organizações estejam mais atentas a problemas que podem afetar sua credibilidade no mercado, como o conflito de interesses.
Isso porque esse tipo de situação pode afetar gradualmente a motivação, a produtividade dos colaboradores e até mesmo o funcionamento geral da empresa.
Com isso em mente, já é possível encontrar nas plataformas low-code uma alternativa para implementar programas de compliance eficazes.
Este pode ser um primeiro passo rumo à resolução de conflitos, e para auxiliar as organizações comprometidas com a integridade legal.
O low-code já possui seus benefícios comprovados. Conforme pesquisa da empresa de consultoria Mckinsey, empresas que usam ferramentas de baixo código experimentam mais produtividade, além de maiores índices de inovação, ganhos financeiros e sucesso no seu desenvolvimento.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura.
O que é conflito de interesses?
O conflito de interesses ocorre quando uma pessoa ou instituição está envolvida em situações em que seus interesses financeiros, familiares, políticos ou pessoais entram em conflito com seus deveres profissionais, responsabilidades ou obrigações para com outras pessoas ou organizações.
Esse conflito pode surgir quando uma pessoa tem múltiplos papéis ou responsabilidades que possuem interesses divergentes, interferindo em seu julgamento, ou seja, comprometendo sua imparcialidade.
Dessa forma, esses conflitos são considerados antiéticos e podem minar a confiança nas instituições, prejudicar a integridade das decisões e distorcer o equilíbrio de poder.
Muitas organizações têm políticas e códigos de conduta para lidar com conflitos de interesses. Essas políticas exigem transparência, divulgação de interesses financeiros e prioridade ao interesse público ou ao bem comum em vez dos interesses pessoais.
No setor público, o conflito de interesses ocorre quando funcionários governamentais ou políticos tomam decisões que beneficiam a si mesmos, sua família ou associados pessoais, em vez de atender ao interesse público.
Isso pode envolver suborno, nepotismo, uso indevido de informações privilegiadas ou outras formas de corrupção.
E quando falamos de conflito de interesses no setor público, é importante destacar que existe regulamentação sobre o assunto. O Art. 3º da Lei 12.813/2013, Lei Brasileira Anticorrupção, assim conceitua o conflito de interesses:
situação gerada pelo confronto de interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse coletivo e influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função pública.
Já na esfera privada, onde não existe uma definição regulamentada por lei, um conflito de interesses pode ocorrer quando um indivíduo toma decisões em benefício próprio em detrimento dos interesses da organização para a qual trabalha.
Exemplos de conflito de interesses nas organizações
Como exemplos comuns de conflitos de interesses nas organizações podemos citar:
Possuir outros empregos que afetem o desempenho na organização.
Indicar familiares ou amigos para uma vaga de emprego sabendo que não possuem a qualificação necessária.
Tomar decisões que beneficiem sua própria carteira de ações, mesmo que isso prejudique acionistas ou a reputação da organização.
Possuir outros empregos que utilizem materiais, contatos ou informações da organização.
Ter amigos ou parentes em organizações concorrentes e compartilhar informações.
Divulgar ou fazer uso de informação privilegiada.
Exercer atividade que implique na relação com pessoa física ou jurídica que tenha interesse na decisão do profissional.
Exercer atividade que seja incompatível com as atribuições do cargo.
Atuar em benefício dos interesses de terceiros.
Receber presentes de quem tenha interesses diversos.
Declaração de conflito de interesses: o que é e por que usá-la
Uma declaração de conflito de interesses é um documento que revela uma situação em que uma pessoa ou organização pode ter interesses pessoais, financeiros ou outros que possam influenciar sua tomada de decisão ou conduta.
Entre os objetivos da declaração de conflitos podemos citar:
fornecer transparência;
evitar conflitos éticos;
garantir a imparcialidade e integridade nas decisões e ações das partes envolvidas.
Ao revelar abertamente os conflitos de interesses, espera-se a adoção de medidas apropriadas. Por exemplo, se abster de tomar decisões que podem ser influenciadas pelo conflito ou designação de terceiro em casos específicos.
A declaração de conflito de interesses é apenas o primeiro passo no processo de gerenciamento dessas situações.
Após sua assinatura é necessário estabelecer mecanismos e políticas adequadas para lidar com o conflito.
Dessa forma, é possível garantir transparência, imparcialidade e proteçãodos interesses das partes envolvidas.
Como se vê, trata-se de um documento indispensável para toda e qualquer empresa. No entanto, muitas organizações que adotam o modelo híbrido ou de trabalho 100% home office, podem apresentar dificuldades na organização dos dados.
Assim, elas devem encontrar formas mais simples para produzir essas declarações. Por exemplo, usar formulários para os colaboradores preencherem, pois são mais fáceis de se armazenar e ler de maneira automatizada.
A importância do tema para a área de compliance
Os programas de compliance baseiam-se em 3 pilares que definem como as organizações irão atuar. Esses pilares são a prevenção, detecção e resposta.
A prevenção é o pilar mais importante e onde a organização deve investir a maior parte de seus recursos. Afinal, é mais inteligente prevenir do que remediar.
E para ser eficaz na prevenção, deve-se estabelecer políticas e procedimentos claros. Assim, é possível instruir como os colaboradores devem agir e o que fazer para estarem em sintonia com os mecanismos de integridade e sistemas de compliance.
Como se sabe, as pessoas podem agir de forma tendenciosa em decorrência de amizade, afeto ou bajulação.
Podem ainda ser influenciadas a tomar uma decisão visando ganhar poder, prestígio ou dinheiro.
Essas práticas, por sua vez, corrompem o funcionamento das instituições, minando a competitividade justa e a produtividade da organização.
Para prevenir esse tipo de conduta e evitar ações que firam preceitos éticos e legais, surge a necessidade de se estabelecer um Código de Conduta. Ou seja, um “manual” para guiar as práticas dentro da organização.
Mas isso não basta, é fundamental divulgar esse documento e fazê-lo ser compreendido por todos os envolvidos.
Também é recomendado documentar a adesão ao código de conduta por meio da declaração de conflito de interesses.
Assim, podemos concluir que a declaração de conflito de interesses é peça fundamental para a área de compliance e combate à corrupção.
As dificuldades enfrentadas no combate ao conflito de interesses
Desde a aprovação da já mencionada Lei Anticorrupção, as organizaçõestêm a obrigação de seguir padrões éticos, eliminar conflitos de interesses e combater a corrupção por meio das áreas de compliance.
No mais, a Lei Anticorrupção também responsabiliza as organizações contratantes por atos corruptos de seus fornecedores. Assim, toda e qualquer negociação que ameace a imagem da organização deve ser evitada.
No entanto, a pesquisa realizada pela Baker McKenzie citada antes, destacou a falta de compreensão das organizações sobre a função e importância dos departamentos de compliance.
Apenas 43% dos líderes entrevistados envolvem suas equipes de compliance no planejamento e implementação de operações de fusões e aquisições. No Brasil, esse número é de 57%.
Assim, fica evidente que, muitas vezes, as áreas de compliance não conseguem se integrar de forma natural às organizações. Elas se tornam, por assim dizer, mais uma “pedra no sapato” dos gestores.
Isso acontece, em grande parte, devido à implementação de sistemas inadequados, burocráticos e de alto custo que sufocam a empresa.
No entanto, a solução para esse problema é criar abordagens mais simples para os profissionais envolvidos. Por exemplo, implementando soluções que possam entrar de forma naturalno fluxo de trabalho da organização.
E mais uma vez, as plataformas low-code podem ser grandes aliadas. Elas permitem, por exemplo, construir rapidamente um formulário de conflito de interesses digital, automatizado e personalizado para as necessidades da organização.
Como criar formulário de conflito de interesses no Power Apps
Criar um formulário de conflito de interesses é fundamental para ter um registro de quem pode estar nessa situação.
O formulário deve conter perguntas sobre o relacionamento do funcionário, seus parentes, sócios, com a organização ou partes interessadas.
Assim, será possível mapear e controlar conflitos de interesses de forma integrada, segura e eficaz.
E o melhor é que não é preciso ser desenvolvedor profissional para criar esses formulários e armazenar as informações de forma sincronizada, compartilhada e online.
Isso é possível ao usar ferramentas disponíveis no ecossistema de produtos Microsoft 365, que também abrange as aplicações da Power Platform. Entre elas estão, o Microsoft Teams, o Power Apps e o Power Automate.
Boa parte das empresas já licencia as plataformas, tem suas equipes familiarizas com a interface, mas não aproveita de forma ampla as aplicações que integram o serviço. O Power Apps é um exemplo disso.
Por isso, explicamos todo o passo a passo no vídeodo início deste artigo para você criar seu formulário no Power Apps e integrá-lo ao Microsoft Teams.
Mas, de forma simplificada, você pode conferir a seguir um passo a passo simples de como criar um formulário de conflito de interesses usando esses aplicativos.
Passo 2 – No Power Apps, crie um aplicativo para rodar o formulário
Instale o Power Apps no Teams
Crie um aplicativo dentro da lista criada anteriormente no Teams.
Customize o aplicativo. Remova campos que não serão usados pelo usuário, adicione estruturas de decisão para aparição de campos, adicione formatação ao campo de CPF.
Soluções simples para combater conflitos de interesses e fortalecer o compliance organizacional
Diante das exigências legais, as organizações precisam adotar cada vez mais os programas de compliance. Afinal, negócios em conformidade legal são mais atrativos para investidores, clientes e fornecedores.
Porém, ameaças como conflitos de interesse envolvendo colaboradores e fornecedores, podem colocar a perder todo o trabalho da área de compliance.
E, ao contrário do que muitos gestores pensam, a resolução desse tipo de problema não é nada complexa.
Algumas soluções já podem ser aplicadas instantaneamente com a capacitação de profissionais para o uso de plataformas low-code.
Essas tecnologias permitem criar aplicações personalizadas para cada área das organizações. Este é o caso do formulário de conflito de interesses, uma solução segura e inteligente para manter a transparência e confiabilidade em todas as instituições.
Promova a evolução digital da sua equipe com treinamento corporativo em Power Platform. Com a Niteo Learning você pode adaptar a carga horária e customizar o conteúdo para sua realidade de negócio.
Nós usamos cookies para aprimorar sua experiência com nosso conteúdo. Ao visitar nosso website, você concorda com tal acompanhamento. Política de Privacidade