Análise exploratória, descritiva, diagnóstica, preditiva e prescritiva. Quais questões esses tipos de análise de dados ajudam a desvendar? A gente te conta neste artigo!
Imagine que você tem um grande reservatório de petróleo bruto em sua propriedade.
Esse petróleo é um recurso valioso, mas ele não tem muita utilidade se você não souber como processá-lo.
É necessária, então, uma refinaria para separar o petróleo em seus componentes, como gasolina, diesel, querosene, etc., para cada componente ter um uso específico e um valor diferente no mercado.
Além disso, você precisa de uma forma de transportar e distribuir esses produtos para seus clientes, que podem ser indústrias, postos de combustível, companhias aéreas, entre outros.
Somente assim você poderá aproveitar todo o potencial do seu petróleo e gerar lucro para reinvestir em sua propriedade.
Agora, você já deve ter ouvido inúmeras vezes que os dados são o novo petróleo. E, de fato, existem semelhanças.
Só que, diferente do recurso natural, eles são abundantes no meio corporativo e você pode coletá-los de fontes infinitas, como redes sociais, sensores e equipamentos IoT, aplicativos internos e outros sistemas.
Mas os dados brutos, sozinhos, não são suficientes para gerar valor. Assim como o petróleo, você precisa de uma “refinaria” para transformá-los em informação, conhecimento e ação.
Por isso, podemos considerar cada tipo de análise de dados — análises exploratórias, descritivas, diagnósticas, preditivas e prescritivas — como sua “refinaria”.
Cada uma tem um objetivo e uma metodologia diferente para transformar dados aparentemente sem valor em respostas para perguntas como:
- O que aconteceu?
- Por que aconteceu?
- O que acontecerá?
- O que fazer para tal cenário acontecer?
Dessa forma, você poderá extrair e comunicar o real valor dos seus dados e gerar impactos significativos para sua organização, para seus clientes e parceiros comerciais.
A importância crescente das análises de dados nas organizações
A análise de dados – Data Analytics – é um processo complexo que requer a coleta, transformação, organização, preparação e interpretação de conjuntos de dados, com o objetivo de obter informações úteis, gerar conhecimento e apoiar a tomada de decisão nas organizações.
Além disso, mais que interpretar os dados, é preciso saber comunicar os insights obtidos de forma clara e concisa.
Assim, toda a organização ou setores específicos podem os transformar em ações efetivas para atingir metas e objetivos – o que chamamos de insights acionáveis.
Diante de um cenário de incertezas e mudanças repentinas, a análise de dados norteia respostas rápidas, abre os caminhos para construir resiliência organizacional e fornece as bases que sustentam novas tecnologias e a inovação de processos.
Desde as áreas da saúde até a educação, indústria, o agronegócio e em tantos outros setores da economia, o Data Analytics tem papel fundamental em várias frentes:
- para otimizar recursos;
- identificar padrões e tendências de consumo;
- descobrir novos mercados e produtos;
- personalizar e melhorar a experiência do cliente, dos funcionários e dos alunos;
- conduzir um crescimento empresarial bem-sucedido e sustentável;
- apoiar as ambições de negócios;
- impulsionar a inovação ágil.
O Data Analytics envolve a aplicação de técnicas, métodos e ferramentas de visualização específicos para os objetivos de negócio.
E a partir de agora, você entenderá quando e como aplicar cada um dos tipos de análise para extrair real valor dos seus dados. Continua com a gente!
Análise exploratória de dados: uma abordagem inicial para desvendar insights ocultos
A análise exploratória de dados trata-se de uma abordagem inicial e fundamental na jornada de qualquer análise.
Ela permite a você, como o próprio nome diz, explorar os dados livremente, sem preconcepções rígidas ou suposições predefinidas – e antes mesmo de aplicar algoritmos avançados de IA, como machine learning e deep learning.
Ao contrário das outras formas de análise de dados, a análise exploratória busca simplesmente descobrir e investigar os dados em sua forma bruta.
Essa abordagem é caracterizada, portanto, por sua flexibilidade e liberdade.
Em vez de seguir um roteiro predeterminado, você tem a oportunidade de explorar o Big Data de várias maneiras, usando técnicas como classificação, agrupamento, correlação e visualização.
O objetivo não é necessariamente encontrar respostas definitivas, mas sim gerar perguntas, hipóteses e insights que possam orientar análises mais aprofundadas no futuro.
Outro aspecto importante da análise exploratória de dados é sua natureza iterativa e interativa.
À medida que você explora os dados e descobre insights preliminares, é possível revisar, testar e refinar suas abordagens.
Assim, essa característica iterativa permite uma exploração mais profunda e abrangente dos dados, o que leva a insights mais robustos e perspicazes.
Principais processos da análise exploratória de dados
Na análise exploratória de dados, você pode empregar alguns processos para investigar e descobrir informações nos seus conjuntos de dados. Entre as principais etapas desse fluxo estão:
- Obtenção dos dados: o primeiro passo é coletar os dados de fontes confiáveis e relevantes para a análise. Isso pode envolver fontes como bancos de dados, arquivos, ou até mesmo fontes externas, como páginas web.
- Limpeza e pré-processamento de dados: após obter os dados, é essencial realizar sua limpeza e o pré-processamento. Isso inclui remover dados duplicados, lidar com valores ausentes, corrigir erros de formatação e padronizar os dados, garantindo que estejam prontos para análise.
- Descrição estatística inicial: neste processo, os dados são descritos estatisticamente para se obter uma compreensão inicial de sua distribuição e suas características. Isso pode incluir calcular estatísticas como média, mediana, desvio padrão e percentis, assim como gerar visualizações básicas, como histogramas e box plots.
Entenda mais sobre o papel dos histogramas e box plots: Business Analytics: como usar dados do passado para prever o futuro.
- Análise de correlação e associação: a análise de correlação e associação visa identificar relações entre variáveis nos dados. Nesta etapa, é possível calcular coeficientes de correlação ou realizar análises mais avançadas para identificar padrões e associações significativas entre as variáveis.
Esses processos formam a base da análise exploratória de dados. Eles permitem descobrir insights nos dados antes de realizar análises mais avançadas ou confirmatórias.
Exemplos de como aplicar a análise exploratória de dados
Existe uma ampla gama de aplicações da análise exploratória de dados, em diferentes contextos, para descobrir informações iniciais sobre diversas áreas. Ela ajuda a responder perguntas como:
- Quais são as características principais dos dados, como o tipo, o tamanho, a distribuição e os valores ausentes?
- Quais são os padrões, as tendências e as anomalias nos dados, e quais elementos visuais são os mais adequados para visualizá-los?
- Quais são as relações e as correlações entre as variáveis dos dados, e como medi-las e testá-las estatisticamente?
- Quais são os insights e as hipóteses que podem ser gerados a partir dos dados, e como eles podem ser validados e comunicados?
Nos próximos tópicos, veja alguns exemplos práticos da análise exploratória em diferentes áreas.
Aplicações da análise exploratória de dados nas áreas de negócio
Os setores de marketing e vendas podem usar a análise exploratória de dados para ter uma visão ampla e prévia sobre o perfil e o comportamento do seu público.
É possível identificar padrões sazonais de vendas, as categorias mais visitadas de um site, os produtos mais comprados, as taxas de conversão e de abandono de carrinho, etc.
Essas informações podem ajudar em estratégias iniciais. Por exemplo, a otimizar aspectos do seu site, segmentar seus clientes, oferecer recomendações personalizadas e criar campanhas de marketing para aumentar as vendas em determinado grupo de usuários.
Aplicações da análise exploratória de dados na saúde
Um hospital pode usar a análise exploratória de dados para analisar os dados mais amplos dos seus pacientes. Por exemplo, idade, sexo, histórico médico, sintomas, diagnósticos, tratamentos, resultados de exames, etc.
Dessa forma, o hospital consegue identificar os principais fatores de risco, as doenças mais prevalentes, os tratamentos mais eficazes e os padrões de recuperação.
Esses conhecimentos podem auxiliar o hospital a melhorar a qualidade do atendimento, prevenir complicações, reduzir custos e acelerar o tempo de resposta de diagnósticos.
Aplicações da análise exploratória de dados na educação
Uma escola ou uma universidade pode usar a análise exploratória de dados para investigar padrões e tendências sobre seus alunos. Por exemplo, notas, frequência, desempenho, evasão, satisfação, etc.
Assim, é possível avaliar a qualidade do ensino, identificar as dificuldades e as potencialidades dos alunos, detectar os casos de abandono e corrigir pontos críticos.
Tudo isso orienta a escola a aprimorar seu currículo, oferecer suporte pedagógico, promover a inclusão e a motivação dos alunos, personalizar o ensino, entre outras estratégias para melhorar o desempenho educacional.
Aplicações da análise exploratória de dados na manufatura
Um exemplo de aplicação da análise exploratória de dados na manufatura é a otimização da qualidade e da produtividade dos processos industriais.
Por exemplo, ela pode ajudar a monitorar as variáveis que afetam o desempenho das máquinas, como temperatura, pressão, vibração e consumo de energia.
Ela também serve para ajudar a identificar as causas de defeitos, falhas e desperdícios.
A análise exploratória de dados na manufatura pode usar ferramentas como gráficos de controle, diagramas de Pareto, análise de variância e análise de componentes principais.
Essas ferramentas permitem visualizar e analisar os dados de forma eficiente e gerar insights para a melhoria contínua dos processos de produção.
Aplicações da análise exploratória de dados em finanças
Em finanças, é possível aplicar a análise exploratória para avaliar dados históricos e atuais do mercado financeiro. Por exemplo, preços, volumes, indicadores e retornos de ações, fundos, índices e outros ativos.
Ela pode ajudar a entender o comportamento e a performance dos investimentos, identificar oportunidades e riscos, comparar diferentes estratégias e portfólios, para tomar decisões calculadas.
A análise exploratória em finanças atua com base em ferramentas como gráficos de linha, gráficos de velas, gráficos de pizza, histogramas, box plots e matrizes de correlação.
Essas ferramentas permitem visualizar e analisar os dados de forma intuitiva e mais compreensível para as partes interessadas.
Análise descritiva: compreendendo a natureza e o comportamento dos dados
A análise descritiva de dados é um dos cinco tipos principais de análise de dados, sendo o primeiro passo para interpretá-los com um objetivo e hipóteses já pré-determinados.
Esse tipo de análise usa medidas como média, mediana, desvio padrão, frequência, porcentagem e gráficos para descrever as características essenciais dos dados, como tendência central, dispersão, distribuição e associação.
A análise descritiva é uma forma de resumir e apresentar os dados de forma simples e clara.
Ela possibilita entender o contexto geral e o significado dos dados, verificar sua qualidade e consistência, identificar padrões e outliers – algo que esteja muito fora dos padrões normais – e comunicar os resultados de forma eficaz.
Podemos dividir a análise descritiva de dados em dois tipos:
- Análise univariada: examina uma única variável, como idade, altura, peso, renda, etc. Ela mostra a distribuição de frequências, a medida de tendência central e a medida de dispersão dessa variável.
- Análise bivariada: investiga duas variáveis ao mesmo tempo, como idade e altura, peso e renda. Ela mostra, portanto, a relação entre as duas variáveis, como correlação, regressão, contingência, entre outros fatores conectados.
E ainda é possível complementá-la com outras técnicas, como análise inferencial, análise preditiva e análise prescritiva, que buscam testar hipóteses, fazer previsões e recomendações a partir do entendimento do significado dos dados.
Principais processos da análise descritiva de dados
Em resumo, as etapas da análise descritiva de dados são:
- Coleta de dados: o primeiro passo na análise descritiva é reunir os dados relevantes para a análise. Isso pode envolver a extração de dados de bancos de dados, planilhas, arquivos ou outras fontes de seu interesse, conforme o que deseja descobrir.
- Organização dos dados: após a coleta, é preciso organizar os dados da forma adequada para análise. Caso você tenha coletado dados não-estruturados, por exemplo, esta etapa pode incluir a estruturação dos dados em tabelas, garantindo que estejam preparados para serem processados.
- Sumarização de dados: neste processo, os dados são resumidos e descritos estatisticamente. Isso pode incluir o cálculo de estatísticas descritivas, como média, mediana, moda, desvio padrão e percentis, para fornecer uma compreensão das características centrais e da dispersão dos dados.
- Identificação de tendências e padrões: a análise descritiva também pode envolver a identificação de tendências e padrões nos dados. Isso pode ser feito através da visualização de dados em elementos visuais, como gráficos de linhas, barras ou dispersão, para detectar tendências ao longo do tempo ou relações entre variáveis.
- Análise de distribuição: outro aspecto importante da análise descritiva é examinar a distribuição dos dados. Isso pode incluir a criação de histogramas ou gráficos de caixa para visualizar a distribuição dos valores e identificar possíveis outliers ou padrões de comportamento.
- Interpretação dos resultados: é a etapa que você interpreta as informações e obtém insights relevantes a partir dos dados. É importante considerar o contexto em que os dados foram coletados e as limitações da análise.
- Comunicação dos resultados: aqui, você comunicará os achados de forma clara e objetiva, por meio de relatórios, apresentações, dashboards. É importante usar linguagem adequada ao público-alvo e destacar as principais conclusões e recomendações.
Exemplos de como aplicar a análise descritiva de dados
As aplicações da análise descritiva podem envolver diferentes cenários. Veja alguns deles a seguir.
Aplicações da análise descritiva de dados no varejo
No varejo, é possível usar a análise descritiva de dados para estudar o comportamento e as preferências dos consumidores, dos produtos e dos mercados.
Por exemplo, um gerente de marketing pode usar a medida de desvio padrão para descrever a variação da renda dos consumidores de um segmento, como R$ 500.
Ele também pode usar um gráfico de barras para visualizar a participação de mercado de cada marca de um produto, como 30% da Coca-Cola, 25% da Pepsi, 20% da Fanta, 15% do Guaraná e 10% da Sprite.
Portanto, alguns insights que os analistas de dados podem ter a partir dessa análise descritiva são:
- A renda dos consumidores de um segmento tem alta variação, o que pode indicar uma heterogeneidade socioeconômica ou uma diferença de poder de compra entre os clientes.
- A Coca-Cola tem a maior participação de mercado entre as marcas de refrigerante, o que pode sugerir maior preferência, fidelidade ou reconhecimento dos consumidores por essa marca.
- Já a Sprite tem a menor participação de mercado entre as marcas de refrigerante, o que pode indicar menor demanda, disponibilidade ou competitividade dessa marca.
- A participação de mercado das marcas de refrigerante pode variar conforme fatores como região, sazonalidade, preço, promoção, distribuição, etc.
Todos esses fatores podem ainda ser analisados com outras técnicas descritivas, como tabelas cruzadas, medidas de tendência central, histogramas, etc. Assim, é possível extrair insights ainda mais precisos sobre estratégias, demandas e ações.
Aplicações da análise descritiva de dados no setor financeiro
O setor financeiro pode usar a análise descritiva de dados para analisar e gerenciar o desempenho e o risco dos ativos, das carteiras e dos mercados financeiros.
Por exemplo, um analista financeiro pode usar a medida de correlação para descrever o grau de associação entre o retorno de dois ativos, como 0,8 entre ações da Petrobras e da Vale.
Ele também pode usar um gráfico de linhas para visualizar a variação do preço de um ativo ao longo do tempo, como o dólar em relação ao real.
Assim, alguns dos insights que os analistas de dados podem obter a partir da análise descritiva são:
- O retorno de dois ativos tem uma alta correlação, o que pode indicar uma forte relação linear entre eles. Isso pode significar, por exemplo, que quando um ativo sobe ou desce, o outro tende a seguir o mesmo movimento.
- O preço de um ativo tem uma alta variação ao longo do tempo, o que pode refletir a volatilidade e o risco do mesmo. Isso significa que o ativo pode ter grandes ganhos ou perdas em um curto período.
- O preço de um ativo pode ser influenciado por fatores como oferta e demanda, expectativas, eventos, notícias, políticas, etc.
Esses fatores também podem ser analisados com outras técnicas descritivas, como séries temporais, médias móveis, gráficos de dispersão, entre outras.
Aplicações da análise descritiva de dados nas Smart Factories
As fábricas inteligentes podem usar a análise descritiva de dados para otimizar e melhorar a eficiência e a qualidade dos processos, produtos e serviços.
Por exemplo, um engenheiro de produção pode usar a medida de percentil para descrever o tempo que 90% dos processos levam para serem concluídos, como 10 minutos.
Ele também pode usar um gráfico de caixa para visualizar a distribuição e os outliers dos tempos dos processos por máquina, operador, turno, etc.
Dessa forma, alguns dos insights que os analistas de dados podem obter a partir da análise descritiva são:
- O tempo que 90% dos processos levam para serem concluídos é de 10 minutos. Isso pode indicar um alto nível de eficiência e padronização dos processos. Também pode significar que a maioria dos processos são rápidos e consistentes, com pouca variação.
- O gráfico de caixa mostra a distribuição e os outliers dos tempos dos processos por máquina, operador, turno. Isso pode revelar as diferenças de desempenho e qualidade entre os fatores envolvidos nos processos. Por exemplo, se uma máquina tem um tempo médio maior do que as outras, isso pode indicar um problema de manutenção ou configuração. Se um operador tem um tempo médio menor de execução de tarefas do que os outros, isso pode indicar maior habilidade ou experiência.
- O tempo dos processos pode ser afetado por fatores como demanda, defeitos, paradas e falhas.
É possível, ainda, analisar esses fatores com outras técnicas descritivas, como análise de Pareto, gráficos de controle e diagramas de causa e efeito.
Análise diagnóstica de dados: identificando as causas por trás dos padrões observados
A análise diagnóstica de dados permite identificar e compreender as causas subjacentes aos padrões observados nos dados.
Ao contrário da análise exploratória, que se concentra na exploração livre dos dados, a diagnóstica é um tipo de análise que visa entender os fatores que influenciam um determinado fenômeno ou resultado.
Ela serve para identificar problemas, oportunidades, tendências e padrões, e para gerar hipóteses e recomendações para a tomada de decisão.
Assim, responde a perguntas como: “Por que tal cenário aconteceu?”, em vez de se concentrar apenas “no que aconteceu”.
Principais processos da análise diagnóstica de dados
Para realizar uma análise diagnóstica eficaz, é essencial seguir uma série de processos estruturados:
- Identificação de padrões: o primeiro passo é identificar os padrões ou anomalias nos dados que exigem investigação adicional. Isso pode envolver a detecção de tendências, ciclos, outliers ou qualquer outro comportamento incomum nos dados.
- Formulação de hipóteses: com base nos padrões identificados, você formula hipóteses sobre as possíveis causas por trás desses padrões. Essas hipóteses orientam a análise e ajudam a direcionar os esforços de investigação.
- Coleta de dados adicionais: em muitos casos, pode ser necessário coletar dados adicionais para validar ou refutar as hipóteses formuladas. Isso pode incluir dados históricos, dados de fontes externas ou dados específicos coletados por meio de experimentos, ou pesquisas.
- Análise estatística avançada: ao reunir todos os dados relevantes, você aplica técnicas estatísticas avançadas para testar as hipóteses. Por exemplo, pode realizar análise de regressão, análise de variância, modelagem preditiva, entre outras técnicas.
- Interpretação dos resultados: os resultados da análise estatística são interpretados à luz das hipóteses formuladas. Nesta etapa, você avaliará a força das relações identificadas, determinará a significância estatística das descobertas e obterá conclusões sobre as causas subjacentes aos padrões observados.
- Comunicação dos resultados: por fim, você precisa comunicar os resultados da análise diagnóstica de forma clara e concisa, destacando as principais conclusões e recomendações para ações futuras. Aqui, você preparará relatórios e dashboards e/ou apresentações para diferentes públicos interessados.
Leia também: Dashboards do zero: aprenda as melhores práticas para visualizar dados de negócios e manter um time analítico.
Exemplos de como aplicar a análise diagnóstica de dados
A análise diagnóstica de dados pode se aplicar em uma variedade de contextos para identificar e compreender as causas por trás de diferentes fenômenos. Abaixo, veja alguns exemplos de aplicação dessa abordagem.
Análise diagnóstica de dados aplicada à educação
A educação é um campo que pode se beneficiar muito da análise diagnóstica de dados.
Esse tipo de análise de dados permite avaliar o desempenho dos alunos, dos professores, das escolas e dos sistemas educacionais.
Assim, é possível identificar os fatores que afetam a qualidade e a equidade da educação.
Um exemplo de análise diagnóstica de dados na educação é o uso de testes padronizados, como o ENEM, o PISA ou o SAEB.
Esses exames permitem medir o nível de aprendizagem dos alunos em diferentes áreas do conhecimento e comparar os resultados entre diferentes grupos, regiões, países e períodos.
Eles geram grandes quantidades de dados que as partes interessadas podem analisar de forma diagnóstica, para responder perguntas como:
- Quais são as principais dificuldades e lacunas de aprendizagem dos alunos?
- Quais são os fatores socioeconômicos, culturais, familiares e escolares que influenciam o desempenho dos alunos?
- Quais são as melhores práticas pedagógicas e metodologias de ensino que favorecem a aprendizagem dos alunos?
- Quais são as políticas públicas e as intervenções educacionais mais eficazes para melhorar a qualidade e a equidade da educação?
A análise diagnóstica de dados na educação, portanto, pode contribuir em duas frentes:
- Desenvolver estratégias e ações educacionais mais adequadas às necessidades e aos contextos dos alunos, dos professores, das escolas e dos sistemas educacionais.
- Monitorar e avaliar os impactos e resultados das ações.
Análise diagnóstica de dados aplicada à saúde
Na saúde, é possível aplicar a análise diagnóstica de dados para avaliar a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde, o estado de saúde e o comportamento dos pacientes, além dos fatores de risco e de proteção para a saúde pública.
Um exemplo desse tipo de análise na saúde é o uso de prontuários eletrônicos, que armazenam informações clínicas, demográficas, laboratoriais e de imagem dos pacientes.
A partir deles, é possível analisar de forma diagnóstica os dados, para responder perguntas como:
- Quais são as principais causas de morbidade e mortalidade dos pacientes?
- Quais são os fatores genéticos, ambientais, sociais e comportamentais que influenciam a saúde dos pacientes?
- Quais são os tratamentos e as intervenções mais eficazes e custo-efetivas para os diferentes tipos de doenças e condições de saúde?
- Quais são as melhores práticas e os protocolos clínicos que garantem a segurança e a qualidade dos serviços de saúde?
A análise diagnóstica de dados na saúde pode contribuir para desenvolver estratégias e ações de saúde mais personalizadas, preventivas, preditivas e baseadas em evidências, além de permitir monitorar os resultados das implementações.
Análise diagnóstica de dados aplicada à manufatura
É possível aplicar a análise diagnóstica de dados na manufatura para avaliar o desempenho e a produtividade dos processos produtivos, a qualidade e a conformidade dos produtos, e os fatores que afetam a eficiência e a competitividade da indústria.
Um exemplo de análise diagnóstica de dados na manufatura é o uso de sensores.
Eles coletam dados em tempo real sobre as variáveis físicas, químicas e mecânicas dos equipamentos, das máquinas e dos produtos, sendo possível analisá-los de forma diagnóstica para responder perguntas como:
- Quais são as principais falhas e defeitos dos equipamentos, das máquinas e dos produtos?
- Quais são os fatores ambientais, operacionais, humanos e técnicos que influenciam o desempenho e a qualidade dos processos produtivos?
- Quais são as melhores técnicas e as tecnologias de manutenção, de controle de qualidade e de melhoria contínua dos processos produtivos?
- Quais são as oportunidades e as ameaças do mercado, da concorrência e da demanda para a indústria?
A análise diagnóstica de dados na manufatura pode contribuir para estratégias mais inteligentes, ágeis, flexíveis e sustentáveis, assim como para seu monitoramento ao longo do tempo.
Análise diagnóstica de dados aplicada ao varejo
No varejo, a análise diagnóstica de dados permite avaliar o comportamento e a satisfação dos clientes, os fatores que afetam sua fidelização e retenção e o desempenho e a rentabilidade das vendas.
Um exemplo de análise diagnóstica de dados no varejo é o uso de dados de transações.
Eles registram as informações sobre as compras realizadas pelos clientes. Por exemplo, os produtos, os preços, as quantidades, as formas de pagamento, as datas e os locais de compra. Então, é possível analisar esses dados de forma diagnóstica para responder perguntas como:
- Quais são os principais produtos e categorias mais vendidos e mais lucrativos?
- Quais são os fatores demográficos, psicográficos, geográficos e comportamentais que influenciam as preferências e as decisões de compra dos clientes?
- Quais são as melhores estratégias e as técnicas de marketing, de precificação, de promoção e de distribuição para atrair e satisfazer os clientes?
- Quais são os indicadores e as métricas de desempenho e de rentabilidade das vendas, como o ticket médio, a frequência de compra, o valor do ciclo de vida do cliente e o retorno sobre o investimento?
A análise diagnóstica de dados pode contribuir para ações de varejo mais eficazes, inovadoras, personalizadas e orientadas ao cliente, assim como para sua avaliação e seu aprimoramento contínuo.
Análise diagnóstica de dados aplicada à cadeia de suprimentos e logística
A cadeia de suprimentos e a logística são áreas que podem usar a análise diagnóstica de dados para avaliar a eficiência e a otimização dos fluxos de materiais, de informações e de recursos.
Isso desde os fornecedores até os clientes finais, e os fatores que afetam a gestão e a integração entre as áreas.
Um exemplo de análise diagnóstica de dados na cadeia de suprimentos e na logística é o uso de dados de rastreamento.
Eles monitoram a localização, o status, a temperatura, a velocidade e o consumo de combustível dos veículos, dos contêineres e das cargas, e podem ser analisados de forma diagnóstica para responder perguntas como:
- Quais são as principais rotas, os modais, os tempos e os custos de transporte e de entrega dos produtos?
- Quais são os fatores climáticos, geográficos, políticos, econômicos e regulatórios que influenciam a operação e a segurança da cadeia de suprimentos e da logística?
- Quais são as melhores práticas e ferramentas de planejamento, de controle, de coordenação e de colaboração entre os agentes?
- Quais são os riscos e as incertezas da demanda, da oferta, da capacidade e da qualidade dos produtos e dos serviços?
A análise diagnóstica de dados pode contribuir para estratégias de cadeia de suprimentos e logística mais ágeis, robustas, resilientes e sustentáveis, e para seu monitoramento constante.
Análise diagnóstica de dados aplicada à área financeira
A área financeira pode se beneficiar da análise diagnóstica de dados por permitir avaliar a rentabilidade e a liquidez dos investimentos, dos ativos e dos passivos, o comportamento e o perfil de risco dos investidores, e os fatores que afetam o mercado e a regulação financeira.
Um exemplo de análise diagnóstica de dados na área financeira é o uso de dados de mercado.
É possível coletar informações sobre os preços, as taxas, os volumes, as tendências e os eventos dos diferentes instrumentos e mercados financeiros, e analisá-las de forma diagnóstica para responder perguntas como:
- Quais são os principais retornos e riscos dos investimentos, dos ativos e dos passivos?
- Quais são os fatores macroeconômicos, políticos, sociais e tecnológicos que influenciam o comportamento e o perfil de risco dos investidores?
- Quais são as melhores estratégias e as técnicas de alocação, de diversificação, de hedge e de arbitragem para maximizar a rentabilidade e minimizar o risco dos investimentos, dos ativos e dos passivos?
- Quais são as normas e as regras de governança, de compliance, de auditoria e de transparência que regulam o mercado e a área financeira?
A análise diagnóstica de dados na área financeira pode impulsionar estratégias e ações financeiras mais rentáveis, líquidas, seguras e responsáveis.
Análises preditivas de dados: uma abordagem para agir proativamente
A análise preditiva de dados é um tipo de análise que usa técnicas estatísticas e de aprendizado de máquina – machine learning – para prever o que pode acontecer no futuro, com base nos dados históricos e atuais.
Ela é útil para antecipar tendências, comportamentos, eventos e resultados, e para tomar decisões de forma proativa em vez de reativa.
Ao contrário da análise diagnóstica, que se concentra em entender as causas por trás dos padrões observados nos dados, a preditiva é um tipo de análise que busca estimar o que pode acontecer, com base em modelos matemáticos e probabilísticos.
Ela responde, portanto, a perguntas como: “O que pode acontecer se eu aplicar tal iniciativa?”, em vez de “Por que tal cenário aconteceu?”.
Principais processos da análise preditiva de dados
Para realizar uma análise preditiva, você pode se basear nas seguintes etapas:
- Definição do problema: o primeiro passo é identificar claramente o problema ou a questão que se deseja prever. Isso pode incluir previsões de vendas, demanda de produtos, taxas de churn de clientes, entre outros.
- Coleta e preparação dos dados: em seguida, você deve coletar os dados mais relevantes para o cenário em questão e prepará-los para análise. Isso pode envolver limpeza de dados, tratamento de valores ausentes e transformação de variáveis.
- Seleção de variáveis: nesta etapa, você seleciona as variáveis mais relevantes para a previsão, com base em sua correlação e importância para o problema em questão.
- Escolha do modelo de ML: o próximo passo é escolher o modelo de machine learning mais adequado para sua análise. Isso pode variar de regressão linear a redes neurais, dependendo da natureza dos dados e da complexidade do problema.
- Treinamento do modelo: os dados são divididos em conjuntos de treinamento e teste, e o modelo é treinado a partir dessa base para aprender os padrões e as tendências nos dados. Assim, você o ensina a estimar a probabilidade ou o valor de uma variável de interesse, com base nas variáveis explicativas.
- Validação do modelo: após o treinamento, o modelo é validado usando o conjunto de teste para avaliar sua precisão e generalização para novos dados.
- Implantação e monitoramento: finalmente, você implanta o modelo em situações reais e o monitora continuamente por meio de dashboards e/ou alertas, por exemplo, para garantir que ele continue fornecendo previsões precisas ao longo do tempo.
Exemplos de aplicação da análise preditiva de dados
A análise preditiva de dados permite a você se antecipar e influenciar o que pode acontecer no futuro. Abaixo, veja alguns exemplos de aplicação dessa abordagem.
Análise preditiva de dados aplicada à educação
A análise preditiva na educação permite prever o desempenho futuro dos alunos, dos professores, das escolas e dos sistemas educacionais, e tomar medidas preventivas ou corretivas para melhorar a qualidade da educação.
Um exemplo de análise preditiva de dados na educação é o uso de modelos de aprendizagem adaptativa.
Eles ajudam a personalizar o conteúdo, o ritmo e a dificuldade do ensino, conforme o nível de conhecimento e as necessidades de cada aluno.
Esses modelos usam dados sobre o histórico, o perfil, o comportamento e o feedback dos alunos para prever:
- seu progresso;
- seu potencial;
- seu interesse; e
- seu risco de evasão ou reprovação.
Assim, eles podem oferecer recursos e atividades mais adequados e motivadores para cada aluno, além de fornecer orientações e intervenções para professores e gestores.
Muitas organizações também assumem o papel de capacitar pessoas. Leia mais: Por que investir em educação corporativa está se tornando uma demanda do mercado.
Análise preditiva de dados aplicada à saúde
Na saúde, é possível aplicar a análise preditiva de dados para prever o estado de saúde e o comportamento futuro dos pacientes, os fatores de risco e de proteção para a saúde pública, e a oferta e a demanda dos serviços de saúde.
Um exemplo desse tipo de análise na saúde é o uso de modelos de diagnóstico precoce, que detectam e ajudam a previnir doenças antes que elas se manifestem ou se agravem.
Esses modelos usam dados clínicos, genéticos, ambientais e comportamentais dos pacientes para prever sua probabilidade de desenvolver certas condições de saúde. Por exemplo, câncer, diabetes, doenças cardíacas, entre outras.
Assim, eles podem recomendar exames, tratamentos, mudanças de hábitos e acompanhamento médico para os pacientes, além de reduzir os custos e os danos à saúde.
Análise preditiva de dados aplicada à manufatura
A manufatura é uma área que pode usar a análise preditiva de dados para prever o desempenho e a produtividade futuros dos processos produtivos, a qualidade e a conformidade dos produtos, e a demanda e a oferta do mercado.
Um exemplo de análise preditiva de dados na manufatura é o uso de modelos de manutenção preditiva, que monitoram e previnem falhas e defeitos dos equipamentos, das máquinas e dos produtos.
Esses modelos usam dados em tempo real – dados em streaming – de sensores para prever seu desgaste, seu tempo de vida útil e seu risco de quebra ou de não conformidade.
Assim, eles podem programar e otimizar as ações de manutenção, de reparo e de substituição dos equipamentos, das máquinas e dos produtos e, assim, aumentar a eficiência e a competitividade da indústria.
Análise preditiva de dados aplicada ao varejo
No varejo, a análise preditiva de dados permite prever o comportamento e a satisfação futuros dos clientes, os fatores que afetam sua fidelização e retenção, e o desempenho e a rentabilidade futuros das vendas.
Um exemplo de análise preditiva de dados no varejo é o uso de modelos de recomendação, que sugerem produtos, serviços ou ofertas personalizados para cada cliente, conforme suas preferências e necessidades.
Esses modelos usam dados de transações, que registram as informações sobre as compras realizadas pelos clientes, e dados de navegação, que registram as informações sobre as páginas visitadas, os cliques e as buscas feitas por usuários.
Assim, conseguem prever seu interesse, seu valor e sua probabilidade de compra de determinados produtos, serviços ou ofertas.
Dessa forma, os modelos preditivos ajudam a aumentar a conversão, receita e fidelização dos clientes, assim como a melhorar a experiência geral dos mesmos.
Você conhece todas as práticas para atrair e fidelizar seu público? Confira uma delas: Análise Cohort: o que é, exemplos e 7 dicas para implementar.
Análise preditiva de dados aplicada à cadeia de suprimentos e logística
A cadeia de suprimentos e a logística são áreas que podem usar a análise preditiva de dados para prever a eficiência e a otimização futuras dos fluxos de materiais, de informações e de recursos.
Um exemplo de análise preditiva de dados na cadeia de suprimentos e logística é o uso de modelos de roteirização, que planejam e otimizam as rotas, os modais, os tempos e os custos de transporte e de entrega dos produtos.
Esses modelos usam dados de rastreamento, para estimar a quantidade e a localização dos pedidos dos clientes.
Dessa forma, podem prever as melhores opções de transporte e de entrega dos produtos, considerando fatores climáticos, geográficos, políticos, econômicos e regulatórios.
Tudo isso contribui para reduzir os atrasos, os desperdícios, os riscos e os custos da cadeia de suprimentos e da logística e aumentar a satisfação dos clientes.
Transforme dados em resultados!
Na Fábrica de Dashboards você acelera projetos de dados para obter visuais personalizados, que transformam a maneira como seu departamento faz análises, levando a decisões ágeis e eficientes.
Análise preditiva de dados aplicada ao setor financeiro
A área financeira pode usar a análise preditiva para prever a rentabilidade da empresa.
Um exemplo de análise preditiva na área financeira das empresas é o uso de modelos de previsão de fluxo de caixa, que estimam as entradas e saídas de dinheiro em um determinado período.
Esses modelos usam dados de faturamento, de despesas, de investimentos e de indicadores econômicos para projetar o saldo de caixa futuro da empresa.
Assim, eles podem auxiliar na gestão financeira, na tomada de decisões sobre investimentos, empréstimos, pagamentos e recebimentos, e na identificação de oportunidades e riscos para o negócio.
Assista a um exemplo de análise preditiva com algoritmos de machine learning, na prática: Como prever o resultado do próximo clássico Palmeiras x Corinthians?
A análise prescritiva de dados é uma abordagem avançada que não apenas prevê o que acontecerá, como recomenda ações específicas para alcançar resultados desejados.
Ela vai além da análise preditiva, pois fornece insights acionáveis que orientam as decisões estratégicas e operacionais.
A análise prescritiva de dados usa técnicas de otimização e de simulação para recomendar as melhores ações, com base nos dados históricos, atuais e futuros.
Ela possibilita maximizar os benefícios ou minimizar os custos de uma decisão, considerando as restrições e a complexidade do problema.
Ao contrário da análise preditiva, que se concentra em estimar o que pode acontecer no futuro, a prescritiva é um tipo de análise de dados que busca determinar o que deve ser feito, com base em cenários e alternativas.
Ela responde, portanto, a perguntas como: “Qual é a melhor decisão a ser tomada, considerando as possíveis consequências?”, em vez de “O que pode acontecer se eu aplicar tal iniciativa?”.
Principais processos da análise prescritiva de dados
Algumas etapas básicas para seu processo de análise prescritiva são:
- Definição do objetivo: o primeiro passo é definir claramente o objetivo ou o problema que se deseja abordar com a análise prescritiva. Isso pode incluir maximizar lucros, otimizar processos, minimizar custos, entre outros.
- Coleta e preparação dos dados: nesta etapa, você deve coletar os dados mais relevantes para o objetivo em questão e prepará-los para análise. Isso pode envolver limpeza de dados, tratamento de valores ausentes e transformação de variáveis.
- Identificação das opções: em seguida, você identifica as diferentes opções ou cursos de ação que pode tomar para alcançar o objetivo definido. Por exemplo, buscar diferentes estratégias e cenários possíveis.
- Modelagem dos impactos: cada opção de ação é modelada para entender seus possíveis impactos nos resultados desejados. Isso pode ser feito usando técnicas de simulação e modelagem para prever como cada ação afetaria as variáveis relevantes.
- Análise de trade-offs: depois, você analisa os trade-offs – compensações – entre as diferentes opções, considerando os benefícios, custos e riscos associados a cada uma. Isso ajuda a identificar a melhor estratégia para alcançar o objetivo desejado.
- Seleção da melhor opção: com base na análise dos trade-offs, você seleciona a melhor opção ou combinação de opções para alcançar o objetivo definido. Isso pode envolver a escolha da estratégia que oferece o melhor equilíbrio entre benefícios e custos.
- Implementação e monitoramento: finalmente, você implementa a estratégia selecionada e a monitora continuamente para garantir que esteja alcançando os resultados desejados. É possível que sua ação requeira ajustes ao longo do tempo à medida que novos dados e insights são obtidos.
Exemplos de aplicação da análise prescritiva de dados
A análise prescritiva de dados permite a você agir de forma otimizada e influenciar o que pode acontecer no futuro. Abaixo, veja alguns exemplos de aplicação dessa abordagem.
Análise prescritiva de dados aplicada ao marketing
A análise prescritiva no marketing permite definir as melhores estratégias e ações de marketing para cada cliente, segmento ou mercado. Isso, considerando os objetivos e as restrições do negócio.
Um exemplo de análise prescritiva de dados no marketing é o uso de modelos de mix de marketing, que determinam a alocação ótima dos recursos de marketing entre os diferentes canais, mídias e campanhas.
Esses modelos usam dados de vendas, de custos, de retorno sobre o investimento e de elasticidade, para estimar o impacto de cada ação de marketing sobre a demanda, a receita e o lucro.
Assim, eles podem recomendar o melhor mix de marketing para cada produto ou serviço oferecido pela organização.
Análise prescritiva de dados aplicada à gestão de pessoas
A análise prescritiva na gestão de pessoas permite definir as melhores práticas e políticas de gestão de talentos, com base nos objetivos e nas limitações da organização.
Um exemplo de análise prescritiva de dados na gestão de pessoas é o uso de modelos de planejamento de força de trabalho, que determinam a alocação dos colaboradores entre os diferentes projetos, funções e áreas.
Esses modelos usam dados de competências, de desempenho, de potencial, de satisfação e de turnover dos colaboradores, para estimar o impacto de cada alocação sobre a produtividade, a qualidade e a rentabilidade da organização.
Assim, eles podem recomendar a melhor distribuição dos colaboradores, fomentando até mesmo práticas como a mobilidade interna.
Análise prescritiva de dados aplicada à agricultura
A análise prescritiva na agricultura permite definir as melhores práticas e técnicas agrícolas para cada cultura, solo e clima, considerando os objetivos e as dificuldades do produtor.
Um exemplo de análise prescritiva de dados na agricultura é o uso de modelos de agricultura de precisão, que determinam a aplicação ótima de insumos, como sementes, fertilizantes, pesticidas e água, em cada parte da lavoura.
Esses modelos usam dados de sensores, de imagens de satélite, de drones e de estações meteorológicas, para estimar o impacto de cada aplicação sobre a produtividade, a qualidade e a sustentabilidade da cultura.
Assim, eles podem recomendar atividades que norteiem todos esses aspectos.
Leia mais: 3 tendências de transformação digital no setor sucroenergético.
O universo analítico traz descobertas e possibilidades infinitas!
Data Analytics é uma estratégia para extrair valor dos dados e tomar decisões baseadas em fatos.
Para isso, é preciso escolher os modelos e técnicas adequados para cada objetivo, como análise exploratória, descritiva, diagnóstica, preditiva ou prescritiva.
Cada tipo de análise de dados possui sua função e demanda diferentes abordagens e ferramentas.
Além disso, é possível combinar diferentes tipos de análise para obter uma visão mais ampla e profunda sobre os dados.
Outro fator importante nesse processo é usar as ferramentas certas, desde a coleta e organização dos dados até sua visualização, interpretação e apresentação. Neste cenário, é possível explorar recursos como inteligência artificial, dashboards e relatórios.
Por último, mas não menos importante, é essencial treinar suas equipes para aplicar as análises corretamente e para saber quais dados coletar, preparar e interpretar.
Elas devem ter competências em áreas como lógica, IA, ML, negócios, comunicação, entre outras, para maximizar o uso dos dados na organização.
Devem também adotar uma cultura de dados, que incentive o uso desses ativos para decidir, e que promova a colaboração e a inovação por toda a empresa.
Para aplicar os tipos de análise de dados mais alinhados aos seus objetivos de negócio, é fundamental ter uma ferramenta simples e, ao mesmo tempo, completa. Conheça uma delas: Adote uma cultura de dados na prática com uma única ferramenta: o Microsoft Power BI.