Entenda a visão de negócios em torno do low-code, a tecnologia emergente que acelera a produtividade das equipes, usando código simplificado.
Low-code é umas das tendências de negócios que mais vem se popularizando nos últimos anos. Mas, você sabe o que significa, onde aplicar e quais são os benefícios desta abordagem?
Com a necessidade de ter processos cada vez mais ágeis e acelerar a transformação digital, eis que surge o conceito de desenvolvimento com redução de códigos.
A ideia por trás deste termo é garantir que cada vez mais pessoas consigam ter autonomia sobre os seus trabalhos corporativos, independente da área em que atuam.
Para isso, basta que elas aprendam um nível básico de conhecimento em programação e assim possam construir desde sites até aplicações inteiras.
Uma pesquisa da Morgan Stanley, que está entre as maiores empresas de serviços financeiros do mundo, ressalta a importância das tecnologias de pouco código devido à escassez mundial de engenheiros de softwares.
Hoje, contamos somente com 26 milhões de desenvolvedores ao redor do mundo. Em contrapartida, até 2024 serão necessários cerca de 38 milhões de profissionais desta área para ser possível atender às altas demandas do mercado.
O déficit operacional, especialmente quando se trata de times qualificados, levantou a urgência da especialização e uso de plataformas low-code para reduzir a dependência de TI dentro das empresas.
Isso significa que as maiores vantagens do low-code são ainda maiores para os times negócios, que ganham liberdade para guiar suas demandas com a vantagem da baixa curva de aprendizagem em código.
Os desenvolvedores, no entanto, não deixam de se beneficiar com o uso dessas práticas quando for preciso.
A tendência é que nos próximos anos, mais e mais empresas adotem as plataformas baseadas em GUI (Graphical User Interface), onde o low-code pode ser aplicado. Este modelo é mais conhecido por seus recursos visuais e interativos como botões, funções drag-and-drop e ícones.
Tudo isso para facilitar a execução de ideias e comandos, que podem ser ainda mais personalizados em complemento com a codificação simplificada.
O que é low-code? Por que a abordagem é tão promissora?
Em português, low-code significa “pouco código”. Este termo foi cunhado em 2014 para nomear as plataformas de desenvolvimento de softwares e aplicativos que precisam de poucas linhas de código para executar ações.
No geral, essas plataformas já fornecem templates, codificação e as funções necessárias para desenvolver sistemas, dashboards, automatizar fluxos de trabalho, entre outras soluções interativas para o ambiente corporativo.
Essa característica favorece o uso dessas ferramentas por pessoas com pouca familiaridade em programação. Muitas vezes, elas só precisam entender sua base de funcionamento para criarem sozinhas suas próprias soluções.
Por outro lado, as plataformas de baixo código também costumam ser altamente customizáveis. Isso para que usuários intermediários ou avançados possam incrementar ainda mais recursos durante o desenvolvimento das aplicações.
Para exemplificar, uma plataforma “low-code” bastante conhecida e consolidada é o Power BI, da Microsoft. Este aplicativo permite que usuários não-técnicos criem seus próprios dashboards com gráficos, mapas e outros elementos visuais para análise de dados.
No entanto, em alguns momentos será necessário compreender a lógica e algumas linguagens de programação para customizá-los conforme as necessidades.
Ainda assim, por ter uma interface amigável e funções pré-definidas, apenas um bom curso de Power BI para os colaboradores já consegue fazê-los usar a ferramenta com total eficiência.
Qual o perfil de um desenvolvedor profissional?
Se engana quem pensa que a área de desenvolvimento é tudo igual. O perfil dos desenvolvedores profissionais é variado, assim como suas aptidões.
No entanto, por não entenderem as diferenças entre os trabalhos que um profissional como este pode realizar, muitas empresas podem ter dificuldades para contratá-los ou ainda, reter os melhores talentos.
Em geral, pode-se classificar as habilidades de um desenvolvedor em 3 tipos:
- Front-End, isto é, quando o profissional fica responsável por cuidar dos códigos referentes à parte visual de um site, aplicação ou sistema.
- Back-End, área que atua por trás dessa interface, diretamente em seu banco de dados.
- E há também os profissionais Full Stack, aqueles que gostam, e sabem, realizar as duas funções.
Os desenvolvedores também se diferenciam quanto a sua especialização em determinadas linguagens de programação.
Hoje, são conhecidos mais de mil tipos de linguagens diferentes, desde as mais simples, como Python e HTML, até as mais complexas, como Java e Assembly.
Outra característica do perfil destes profissionais que mudou ao longo do tempo é que no passado, eles eram tidos como trabalhadores incansáveis, que dormiam pouco, programando dia e noite, independente da sua especialidade.
Mas agora, assim como muitos outros perfis do mercado, os desenvolvedores prezam por um bom ambiente de trabalho.
Isso inclui fatores que vão desde sua atuação prática, para focarem naquilo que foram realmente contratados para fazer, e se estende para benefícios relacionados com sua qualidade de vida.
Além disso, o salário médio dos programadores especializados gira em torno de R$ 70 mil por ano, conforme um estudo divulgado pela faculdade de tecnologia FIAP. Ou seja, um dos cargos mais bem remunerados entre os perfis do mundo corporativo, o que os levou a serem quase que literalmente “disputados” pelas empresas mais promissoras.
Vale refletir que a depender do tipo de projeto, a contratação destes profissionais nem sempre valerá a pena no quesito custo-benefício.
Por outro lado, o low-code entra para preencher a lacuna de determinadas atividades que não exigem um nível tão alto de qualificação em tecnologia.
Os líderes precisam se adaptar a uma nova realidade de alta demanda tecnológica, em que nem sempre poderão contar com os desenvolvedores que precisam disponíveis. A solução? Democratizar o conhecimento para os demais colaboradores.
O cenário atual do low-code no mercado
Com a chegada da pandemia de COVID-19 muitas coisas mudaram. Uma delas foi o crescente interesse das pessoas e empresas em tecnologias que facilitem o seu cotidiano.
Do lado das empresas, houve o agravante da adaptação para o modelo de trabalho home office ou híbrido. Para muitas delas, somou-se o desafio para começar ou aumentar as vendas online, ainda que seu sistema anterior dependesse na maioria, do contato presencial.
Para isso, elas precisaram encontrar soluções que fossem rápidas e fáceis de se implementar.
Este período, então, favoreceu ainda mais o contato com as plataformas low-code, que ganharam notoriedade e a preferência do público global.
Afinal, todos estão buscando as maneiras mais práticas de digitalização e automatização de processos com o menor custo possível.
Além disso, segundo um relatório do Gartner, em 2021 o mercado low-code movimentou mais de 13 bilhões de dólares, obtendo uma alta de 22,6% em relação a 2020.
Ainda de acordo com outro estudo do Gartner, a taxa de crescimento anual (CAGR) das tecnologias de desenvolvimento em baixo código deve ser de 20,9% entre 2020 e 2025. Enquanto isso os investimentos em low-code devem alcançar 30 bilhões de dólares neste período.
Por fim, a estimativa é de que as soluções desenvolvidas em low-code representarão pelo menos 65% do total de softwares globais até 2024. No entanto, até 2025 metade dos novos usuários dessas tecnologias serão da área de negócios, e não de TI.
Tudo isso deixa evidente que os colaboradores que já estiverem aprendendo a usar essas ferramentas estarão alguns passos à frente dos demais, e irão se destacar como mais competitivos no mercado.
Low-Code vs. No-Code: são o mesmo conceito?
Outro termo que pode confundir algumas pessoas é o “no-code”, ou em português, “sem código”. Ele se refere às tecnologias de desenvolvimento de softwares e aplicações em que o usuário final realmente não precisa escrever nenhuma linha de código ou função, caso não precise.
A principal característica do no-code é a interface completamente visual. Isto é, tudo o que o usuário precisa para criar suas soluções já está pronto. Ou seja, pré-moldado na ferramenta por meio de elementos gráficos como menus, botões, ícones, caixas de seleção, slide bar, entre outros.
Por esse motivo, as plataformas conhecidas como no-code também se consolidaram com o nome “Drag & Drop” que, em português, significa “arrastar e soltar”.
As possibilidades ainda são múltiplas, seja para automatizar processos, integrar outras soluções ou desenvolver sistemas inteiros. No entanto, um de seus usos mais comuns está voltado para a criação de Web-Sites por não-designers.
Mas o no-code e o low-code caminham juntos
Vale lembrar, porém, que no-code e low-code são tecnologias que fazem parte do mesmo universo, caminhando quase sempre juntas numa única plataforma de desenvolvimento.
Isso porque essas soluções são adaptadas às necessidades dos usuários. Portanto, dependendo do nível técnico de quem as utiliza, o poder de customização é maior ou menor em sua interface de modelagem.
Em resumo, se um colaborador precisar ir além dos recursos de personalização oferecidos pelo modelo Drag & Drop, fatalmente usará o mínimo de código para escrever scripts. Ou seja, os roteiros codificados lidos pelo sistema. Assim, caem novamente no conceito de baixo código.
De fato, no-code e low-code podem ter suas diferenças enquanto conceito. Mas, na prática, costumam andar lado a lado e possuem uma característica importante em comum: os dois são responsáveis por democratizar o acesso à tecnologia.
O mais importante é que cada empresa entenda quais são seus desafios recorrentes versus o nível de conhecimento técnico de seus colaboradores.
Dessa forma, é possível entender não apenas o nível de sua dependência de TI, mas também qual recurso ou solução é adequada para cada caso.
Desenvolver com pouco código é um benefício que a tecnologia pode proporcionar a todo o mercado ao longo do tempo.
Saber como aproveitar essa oportunidade torna-se um diferencial para as empresas que querem crescer e escalar os seus processos.
Conheça mais sobre os pilares que fizeram essas plataformas ser tão populares entre os times de negócios, capazes de superar, até mesmo, as demandas da sua necessidade pelas equipes de TI.
O conceito de transformação digital não é novo, mas ganhou ainda mais relevância depois da crise sanitária que levou ao isolamento de todo o mundo.
Não demorou muito tempo para que a digitalização de todos os processos corporativos fosse a solução para muitas empresas não fecharem suas portas.
Com isso, os negócios que saíram na frente foram aqueles que implementaram ferramentas inovadoras e mudaram sua cultura e mentalidade.
Após a fase mais crítica desde a chegada da pandemia, esses times contam com muitos pontos a seu favor e, agora, são os modelos que ditam as regras para os demais.
Ao trazer as plataformas low-code para este contexto, quem está mais avançado no processo de transformação digital já entendeu seus benefícios, que vão do aumento de produtividade à redução de custos.
As empresas que optaram por utilizar essas ferramentas, neste momento conseguem:
- analisar seus dados com mais autonomia;
- obter os insights mais relevantes com o uso de inteligência artificial;
- e automatizar seus fluxos de trabalho e processos sem depender de equipes técnicas.
Isso as faz entregar as melhores soluções e de forma cada vez mais acelerada para seus clientes.
Do outro lado, estão as organizações que ainda precisam se adaptar a este novo modelo de trabalho para conseguirem acompanhar as tendências do mercado e não ficarem para trás.
Pense bem: o que é necessário para se adequar rapidamente às mudanças constantes que ocorrem no mundo corporativo? Alto investimento para aquisição de softwares? Contratação de equipes técnicas de alta performance?
Na verdade, não é preciso gastar tanto dinheiro quando já existem soluções disponíveis no mercado que proporcionam bastante economia de médio e longo prazo.
As plataformas low-code garantem redução de custos para as empresas, pois não exigem grandes investimentos de implementação. Além disso, ajudam a dispensar gastos com mão-de-obra especializada e infraestrutura complexa de TI.
E ainda mais, por terem um ambiente de desenvolvimento intuitivo, as equipes estratégicas passam a ter o poder de criar o que for preciso com mais agilidade e autonomia. Isso aumenta sua produtividade, e por consequência, a receita da empresa na totalidade.
Leia também: 5 vilões da produtividade no trabalho e como evitá-los.
3. Motivar os colaboradores a partir da gestão de pessoas
As ferramentas low-code são capazes de expandir a zona de conhecimento de diferentes perfis de colaboradores e, às vezes, até mesmo dos mais especializados. Isso é ótimo para estimular o mindset de empresa-escola nas organizações.
Os conceitos de Reskilling e Upskilling já fazem parte do repertório de Gestão de Pessoas. O primeiro, garante aos profissionais o aprendizado de novas funções para transitarem entre áreas. Já o segundo conceito trata-se de especializar ainda mais um profissional na área em que ele já atua, o tornando referência naquilo que faz.
Neste sentido, o low-code cabe nas duas modalidades, o que resulta em profissionais empoderados a irem além de suas habilidades e competências habituais.
Além disso, o conceito vai além das questões técnicas. Ao incorporar uma mentalidade tecnológica, os times são estimulados a explorar mais do seu potencial criativo e raciocínio lógico.
Sabe aquelas ideias que ficam engavetadas por falta de viabilidade? Agora elas podem ganhar vida com o low-code.
Do ponto de vista humano, o impacto reflete no desenvolvimento de carreira e, logo, na motivação de equipes que continuam sendo desafiadas dentro de suas realidades. Os gestores podem ainda incentivar o reconhecimento dos esforços individuais por meio de bonificações ou promoções.
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6 maiores benefícios do low-code para toda a organização
Agora que você conhece os motivos para usar as ferramentas de pouco código nas áreas de negócio, saiba outras vantagens mais amplas para a organização.
1. Agilidade para atender às demandas
O low-code agiliza e simplifica os processos internos porque não depende de milhares de linhas de códigos. Assim, é possível desenvolver sistemas, aplicativos ou um simples dashboards com muita facilidade. Isso garante às organizações o poder de responder rapidamente às demandas do mercado em constante mudança.
Além disso, a interface amigável e intuitiva dessas ferramentas tem como ponto forte a modelagem visual de programas. Assim os colaboradores podem agilizar o tempo gasto em suas tarefas. No final, sua empresa ganha mais força de trabalho para entregar metas com prazos apertados.
2. Melhor aproveitamento do time desenvolvimento
Com os desenvolvedores desempenhando suas demandas a partir de scripts menores e pré-configurados, eles podem fazer mais em menos tempo.
A G2, plataforma de avaliação de softwares, apontou que as plataformas de baixo código podem reduzir em até 90% o tempo de desenvolvimento de aplicações.
Além disso, os construtores visuais em low-code viabilizam a contratação apenas dos desenvolvedores profissionais necessários, eliminando ainda mais custos com recrutamento e seleção.
Essa é uma oportunidade de otimizar investimentos em contratação e extrair o máximo do potencial de profissionais de TI mais avançados. Enquanto isso, o conhecimento básico é democratizado para o restante da empresa.
Assim, diminui-se a pressão ao redor do excesso de pequenas entregas demandadas à equipe de TI e reduz-se as taxas de turnover, ou rotatividade, de funcionários. Isso porque parte dos trabalhadores se tornarão mais leais e engajados a partir das inovações proporcionadas pela empresa.
3. Flexibilidade diante das mudanças do negócio
Para acompanhar as últimas tendências, as empresas precisam contar com tecnologias e recursos flexíveis para se adaptarem rapidamente às mudanças exigidas pelo mercado e pelos clientes.
As plataformas low-code geralmente fornecem essa flexibilidade. Isso porque são compatíveis com diversos dispositivos, o que permite às equipes acessar e editar informações com facilidade.
Outro ponto positivo é ser possível testar as funcionalidades dos sistemas e aplicações criadas internamente, antes de começarem a funcionar em uma escala maior. Isso estimula o senso crítico, dispensa auxílio técnico e mantém os desenvolvedores focados em outros projetos.
4. Aumento da produtividade das equipes
As ferramentas de pouco código permitem automatizar vários processos repetitivos, pois é possível criar recursos e aplicações que otimizam o tempo de todos.
Como resultado, ganha-se agilidade em tarefas operacionais que demandavam muito esforço para serem realizadas. E com mais tempo livre, é possível voltar a atenção dos colaboradores para insights mais estratégicos e analíticos. Ou ainda, obter soluções criativas capazes de resolver os problemas que realmente dependem da capacidade humana.
Use uma ferramenta low-code para automatizar as tarefas de rotina: 5 dicas para automatizar seu workflow no Power Automate.
5. Segurança dentro das aplicações
As plataformas low-code já são desenvolvidas com elementos de segurança para não deixar as aplicações criadas desprotegidas. Isso inclui ferramentas de governança corporativa para ser possível, por exemplo, controlar o acesso e permissões de quem irá usá-las e qual o nível de acesso para cada pessoa.
Normalmente, elas também já estão em compliance, ou seja, em conformidade com as leis de proteção de dados nacionais, como a LGPD, ou internacionais, como a GRPD.
6. Escalabilidade nos sistemas
Imagine que você usa uma ferramenta que não se adapta ao crescimento constante da sua organização.
Conforme a empresa cresce, a ferramenta torna-se obsoleta, sendo necessário substituí-la e migrar todos os dados para outro sistema.
Além do tempo desperdiçado nessa aventura, corre-se o risco de perder informações importantes no decorrer do processo.
Com as plataformas low-code isso não acontece devido a sua integração com outras soluções dos mais diferentes tipos. Essas conexões ajudam a expandir as funcionalidades de todo o ecossistema tecnológico usado na empresa, o que fornece alta escalabilidade em processos.
Um exemplo disso são os produtos que fazem parte da Microsoft Power Platform. Esta plataforma reúne aplicações de Business Intelligence, desenvolvimento de aplicativos, sites e chatbots e de automatização de processos. Além delas estarem no formato pouco código, também são extensíveis. Ou seja, capazes de criar soluções flexíveis que se adéquam às necessidades das empresas de todos os tamanhos.
O low-code substituirá o trabalho das equipes de TI?
A resposta para essa pergunta, definitivamente é: não.
Na verdade, as plataformas de pouco código podem ser consideradas grandes aliadas dentro dos setores de TI. Isso porque elas eliminam boa parte da dependência entre áreas. E por consequência, minimizam as filas de atendimento e de processos que podem ser resolvidos pelos próprios operadores de negócios.
Além disso, ainda que os códigos não apareçam para os usuários finais dessas ferramentas, eles ainda estão presentes por trás da interface visual.
Neste caso, os desenvolvedores precisam participar ativamente da construção das plataformas low-code em si, que tendem a permanecer em alta nos próximos anos.
Outro ponto é que as ferramentas low-code ainda não podem criar tudo o que uma pessoa com conhecimento básico em codificação precisa. Sistemas mais robustos ainda dependerão exclusivamente dos desenvolvedores experientes, tanto para sua programação quanto para sua manutenção.
Como o low-code soluciona os problemas de TI?
Com os usuários de negócios criando e gerenciando suas próprias aplicações no dia a dia, as equipes de TI ganham tempo para focar em trabalhos mais complexos. Por exemplo, os que envolvem a infraestrutura digital e segurança cibernética da empresa.
Outro benefício é que os desenvolvedores avançados poderão entregar projetos com maior agilidade. Isso porque já contam com modelos de aplicações quase prontos, bastando apenas refiná-los conforme as necessidades dos clientes.
O low-code pode ser implementado em qual área?
Você ainda tem dúvidas de que as ferramentas de desenvolvimento com pouco código são ideais para o seu modelo de negócio? A partir de agora vamos apresentá-las dentro de diferentes contextos corporativos.
Muitos empreendedores pensam que somente as grandes organizações podem ter esse tipo de autonomia e flexibilidade.
No entanto, todas as empresas, independente do seu porte ou segmento, podem, e devem, usufruir dessas tecnologias emergentes.
As micro e pequenas empresas, ainda, têm a vantagem de estarem começando suas atividades e expandindo o seu reconhecimento.
Nesta etapa é possível fazer uma implementação ainda mais fácil, pois não precisam trabalhar com grandes migrações de dados e fluxos.
Logo abaixo, trouxemos alguns cenários de uso das plataformas low-code, para que você entenda como elas podem ajudar sua organização na prática.
Gestores de TI
Os gestores de TI possuem dois grandes desafios dentro do setor. O primeiro, é diminuir a rotatividade de desenvolvedores na empresa.
Afinal, a diferença entre a alta demanda tecnológica e a quantidade de profissionais qualificados fez com que as propostas do mercado ficassem cada vez mais agressivas e tentadoras.
Nesse sentido, implementar o low-code nas áreas de negócios libera os desenvolvedores para programar com mais agilidade e flexibilidade. Além disso, os mantêm em projetos mais desafiadores para suas carreiras.
Esse pode ser um fator de motivação, pois ninguém sonha em trabalhar de maneira sobrecarregada em diversas demandas da qual outros setores estarão sempre dependendo.
O segundo desafio é fazer com que as entregas sejam cada vez mais rápidas e com um baixo custo. As plataformas low-code permitem aos desenvolvedores fazer projetos inovadores com menos complexidade.
Um exemplo disso é o desenvolvimento de soluções baseadas em inteligência artificial com poucos cliques, como é possível ao usar o Power Apps, por exemplo.
Desenvolva aplicativos baseados em IA com pouco ou nenhum código: O que é Power Apps? Saiba como funciona e seus benefícios.
Setor financeiro e administrativo
Para os serviços financeiros e administrativos, o low-code chegou para substituir as inúmeras linhas e funções de planilhas de Excel.
Além de permitirem integrar todos os dados relativos às finanças do negócio, como contas a pagar e a receber, é possível criar vários tipos de fluxos de automação e cálculos.
Podemos trazer um exemplo através de um sistema de e-commerce, onde é possível programar a baixa automática de cada pagamento recebido. Depois, o produto vai direto para a fila de entrega, o valor é computado no fluxo de caixa e, por fim, será destinado para os clientes.
Neste caso, todos os lançamentos podem ser acompanhados por meio de dashboards e gráficos intuitivos, criados pelo próprio time financeiro ou administrativo.
Assim, essas equipes terão insights que fazem realmente sentido sobre a situação financeira da loja virtual. Isso tanto a curto quanto a longo prazo, levando-se em consideração o ponto de vista e a necessidades do setor.
Recursos Humanos e Departamento Pessoal
Fazer contratações, dar treinamentos, acompanhar o desempenho dos colaboradores, ter controle sobre as folhas de pagamento, cuidar da saúde e bem-estar do capital humano, entre tantas outras demandas do escopo de RH e Departamento Pessoal, não são tarefas fáceis.
Com uma plataforma de pouco código, os profissionais dessas áreas podem modelar vários tipos de aplicações e configurar automações para simplificar essas demandas.
Uma das possibilidades é criar fluxos de tarefas automatizados com Inteligência Artificial. Assim, é possível realizar a triagem de currículos, a seleção de candidatos, a entrega de documentos e o onboarding de novos colaboradores de maneira mais eficaz.
Há também a possibilidade de automatizar respostas de e-mails para diminuir as filas de atendimento. Ao usar o Microsoft Power Virtual Agents, por exemplo, os profissionais de RH podem criar chatbots para responderem às perguntas mais frequentes dos trabalhadores.
Dessa forma, eles conseguirão focar em outras tarefas em que a comunicação humana é de fato prioritária, como nas conversas de feedbacks, por exemplo.
Analise dados de RH com uma plataforma low-code simples e intuitiva: Power BI para o RH: 3 motivos para investir nessa combinação.
Marketing
Para os times de marketing, as plataformas low-code são ferramentas que colaboram com tarefas que exigem um olhar mais analítico com base no desempenho das comunicações e campanhas em geral.
Os profissionais dessa área também podem criar suas próprias aplicações baseadas em Inteligência Artificial. Assim, conseguem acompanhar toda a jornada do cliente e obter recomendações assertivas de como poderão fazer sua próxima abordagem.
Afinal, o papel do marketing é criar um verdadeiro relacionamento que necessita ser cada vez mais personalizado, de forma que somente as máquinas poderiam criar e organizar para um grande volume de pessoas.
Outro ponto, é a visualização de dashboards que permitam o surgimento de insights criativos a partir de uma visão analítica.
As aplicações em low-code, por fim, aumentam a integração e a comunicação entre marketing e vendas. Assim, torna-se mais fácil compreender os tipos de campanhas que trazem mais resultados para o time comercial, assim como garantir insights de vendas para o marketing, em uma conexão que possui via de mão-dupla.
Compliance
Manter a conformidade com normas e legislações, além de fazer toda a companhia cumprir os preceitos éticos pode ser um desafio para as áreas de compliance.
Ter processos padronizados e ferramentas específicas, portanto, é fundamental para os profissionais da área monitorarem más práticas e evitarem penalidades e riscos desnecessários que possam afetar a reputação e integridade da marca.
Assim, o low-code surge como alternativa em diferentes casos de uso de compliance. Um exemplo disso é para resolver problemas de conflito de interesses, que ocorre quando uma pessoa ou instituição deixa seus interesses particulares falarem mais alto do que suas responsabilidades para com outras pessoas ou organizações.
Nestes e em outros casos, ao usarem ferramentas low-code, os próprios responsáveis pela área podem criar soluções personalizadas assim que identificarem necessidades.
Dessa forma, não precisam depender de desenvolvedores e podem implementar rapidamente ferramentas que auxiliem na detecção e correção do que pode ser uma ameaça para o compliance da organização.
Veja, na prática, como criar um formulário dinâmico na área de compliance: Como criar formulário de conflito de interesses usando low-code.
Afinal, vale a pena investir em low-code?
As plataformas low-code são excelentes aliadas para as áreas de negócio. Seja dentro das áreas de administração, marketing, vendas, recursos humanos, financeiro, tecnologia, entre outras.
Todos poderão se beneficiar com a liberdade para criar aplicações, relatórios, dashboards e outros elementos que favorecem suas rotinas de trabalho.
O conceito de pouco código é apenas uma das tecnologias que estimulam o aprendizado contínuo nas empresas. Assim, os usuários não-técnicos tendem a se interessar pelas tendências emergentes, em especial na área de desenvolvimento, onde é preciso minimizar os problemas de escassez de profissionais no mercado.
No entanto, é preciso se atentar em dois pontos principais ao optar por essas ferramentas. O primeiro, é que ao implementá-las, todas as equipes que irão usá-las precisarão de treinamento adequado para entenderem sua usabilidade e saber como aplicá-la em seu dia a dia.
O segundo ponto é quanto à segurança da informação. Por ter vários colaboradores criando aplicações em seus próprios ambientes de desenvolvimento, é necessário que a empresa configure políticas de governança para evitar problemas com o uso de dados sensíveis.
Também vale ressaltar que desenvolver com baixa codificação minimiza os erros de scripts, causados pela digitação de milhares de linhas de código. Além disso, reduzem as falhas operacionais causadas por processos manuais e repetitivos, que passam a ser automatizados com maior eficiência por qualquer pessoa.
Não tem mais volta. Na era dos dados e aceleração tecnológica, o low-code chegou para ficar.
Garantir autonomia e aprendizagem corporativa aos colaboradores é tudo o que eles precisam para serem profissionais de alta performance.
Do lado das empresas, desenvolver com pouco código gera processos cada vez mais ágeis e assertivos. Essa é a tendência que deve permanecer nos próximos anos, e se adequar a ela é fundamental para todos os negócios.
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Como o low-code impacta na alfabetização digital?
Em um mundo cada vez mais digital, todos os mercados estão exigindo profissionais capacitados para usarem as mais diversas tecnologias. O termo “alfabetização digital”, portanto, diz respeito à habilidade das pessoas com o uso de softwares e hardwares, assim como da internet.
Tudo indica que o futuro do mercado de trabalho, e das empresas, dependerá dessas competências para no mínimo sobreviver às constantes inovações de mercado.
Mas a mentalidade tecnológica não serve apenas para acelerar resultados empresariais como também, solucionar problemas globais ao nível socioeconômico e até mesmo ambientais.
De pouco adiantará ter acesso a smartphones ou máquinas mais potentes e inteligentes se não conseguimos extrair o melhor desses recursos.
Isso significa compreender, por exemplo, como o uso de Big Data é fundamental para as tomadas de decisão, como o funcionamento de um sistema pode impactar sua produtividade, ou ainda, como usar a tecnologia para integrar melhor as áreas em seu ambiente corporativo. Por fim, como criar melhores produtos e soluções para a sociedade.
E é exatamente isso que o low-code tem a proporcionar para a alfabetização de digital: abrir um leque de possibilidades, e estimular o raciocínio lógico e uma mudança de mindset ao tornar as equipes protagonistas do seu próprio conhecimento e de suas habilidades.
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